Alguém defenderá Tite após a surra do Flamengo diante do Botafogo?
O Flamengo fez 48 jogos na temporada até hoje. O Botafogo, 53. Esse simples fato destrói a argumentação falaciosa de Tite para justificar atuações medíocres, covardes e vergonhosas, como a da noite desse domingo, no Nílton Santos, quando foi goleado por 4 a 1 e esteve bem perto de levar uma daquelas surras que entram pra história e demoram décadas para serem devolvidas.
O calendário absurdo da CBF é, sim, um problema do futebol brasileiro. Para todos, não somente para o rubro-negro, como o professor Adenor tenta fazer parecer, usando-o como muleta para seu péssimo trabalho à frente do elenco mais caro do continente. São R$ 35 milhões por mês para jogar essa bolinha mequetrefe que a torcida vê na maioria das vezes em que a equipe vai a campo, nas três competições que ainda disputa.
Sim, é verdade que a contusão de Arrascaeta, com cinco minutos, e o Flamengo já perdendo por 1 a 0 (mais uma jogada de bola aérea que a zaga foi incapaz de neutralizar, não é Titinho?) foi um baque. Mas a decisão do técnico de substitui-lo por Victor Hugo, e não Lorran, tornou ainda mais claro que a opção de Tite era pela retranca.
Já fora assim, contra o Palmeiras, no jogo de volta da Copa do Brasil, no Allianz Parque. Dessa vez, porém, não funcionou. Até porque, após o empate de 1 a 1 na etapa inicial, fruto de um contra-ataque que teve passe genial de Léo Ortiz e conclusão de Bruno Henrique, o técnico resolveu tirar o melhor rubro-negro em campo da posição em que atuava (Ortiz, de cabeça de área passou a ser terceiro volante) e colocou no lugar de Gérson mais um volante: Évertton Araújo, passando a jogar com três zagueiros e três volantes! Mais covarde, impossível.
Classificação e jogos
A goleada de 4 a 1 foi até modesta, tamanha a superioridade alvinegra sobre o rubro-negro. Artur Jorge engoliu Tite. Luís Henrique destroçou a defesa rival e, não fosse Rossi, que pegou um pênalti cobrado por Almada e fez ainda mais duas ou três defesas difíceis, a surra teria sido histórica.
Embora alguns, sabe-se lá o porquê, ainda tentem defender o treinador do Flamengo, a verdade é que trabalho dele é péssimo, medroso, vergonhoso. Seu time não sabe sair da defesa para o ataque; usa e abusa das bolas recuadas para o goleiro e dos chutões a esmo para frente. Não tem uma jogada ensaiada sequer e se algum jogador não tirar da cartola um lance individual genial, nada acontece. Após quase um ano de trabalho!
A classificação à próxima fase da Libertadores ainda é possível, mas à essa altura improvável. Alguém duvida que o time entrará em nova retranca absurda para defender os 2 a 0, em La Paz? E alguém crê que dará certo?
Já na quarta posição no Brasileiro, o Flamengo caminha a passos largos para mais uma temporada sem títulos expressivos. Pense nisso, torcedor rubro-negro quando for votar nas duas próximas eleições.
Deixe seu comentário