Oposição no Corinthians vê goleada contra Augusto; situação discorda

A oposição corintiana interpreta como goelada a vitória por 126 votos contra 114 pela sequência do processo de impeachment de Augusto Melo.
A leitura é de que o placar é elástico e indica favoritismo oposicionista na votação do impeachment.
Um dado usado para sustentar a tese de que a vantagem obtida na reunião do Conselho Deliberativo (CD) na última segunda (20) é folgada remete a uma antiga votação. As contas de 2019 do ex-presidente Andrés Sanchez foram reprovadas, em 2021, por apenas dois votos de diferença (132 a 130).
Nesta segunda, os conselheiros votaram pela admissibilidade do rito de destituição do presidente do Corinthians. Ou seja: se seria ou não votado o afastamento.
Após ser verificada a vitória do "sim", a reunião foi suspensa sob a alegação de que a sessão ficaria muito longa e terminaria tarde demais. A continuação do encontro ainda não tem data definida.
A oposição demonstra confiança de que Augusto não conseguirá uma virada. Há a avaliação de que o eleitorado a favor do impeachment pode até aumentar porque alguns opositores estavam em viagens de férias e não puderam comparecer à reunião.
Por outro lado, existem conselheiros que entendem que quem não estava na reunião não poderá votar, diferentemente da análise do presidente do CD, Romeu Tuma Júnior, conforme apurou a coluna.
Augusto deu entrevista na saída do Parque São Jorge afirmando acreditar ser possível virar o placar. Ele nega que tenha descumprido regras estatutárias, por isso não vê motivo para o impeachment.
Os situacionistas discordam que a diferença tenha sido tão folgada quanto prega a oposição. Há quem alegue ainda que alguns conselheiros votaram pelo "sim" porque querem ouvir as explicações do presidente para tomar uma decisão. Então, seriam votos de conselheiros indecisos que podem optar por rejeitar o impeachment.
Caso a maioria do conselho decida pelo afastamento, o impeachment será submetido ao voto dos associados. Até lá, Osmar Stabile, primeiro vice-presidente, ficaria no cargo.
Sendo confirmado o afastamento pelos sócios, o novo presidente seria escolhido pelo CD.
Vale lembrar que outro pedido de processo de destituição foi feito pelo Cori (Conselho de Orientação). Ele não entrou na pauta da reunião da última segunda.
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