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Presidente da CBF e cartolas de clubes merecem vexame da seleção brasileira

O torcedor brasileiro não merece passar pelo que passou ao ver a Argentina humilhar o Brasil na última terça pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em Buenos Aires. O mesmo não se pode de dizer de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e dos dirigentes que presidem as 27 federações estaduais e os 40 clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro.

A derrota vexatória da seleção brasileira por 4 a 1 não é uma obra assinada só por Dorival Júnior e seus jogadores. Ela é fruto de um projeto desenvolvido com calma e incompetência por Ednaldo.

O presidente da Confederação Brasileira fez a seleção perder tempo sonhando com Carlo Ancelotti, que não veio treinar o Brasil, e com a maluca ideia de ter um treinador interino (Fernando Diniz).

Tivesse ele efetivado o ex-comandante do Fluminense ou chamado Dorival logo de cara, a seleção não teria jogado fora preciosos meses de trabalho.

O treinador atual já tem um ano no cargo. Tinha a obrigação de apresentar algo melhor, mas é inegável que recebeu uma seleção bagunçada.

O inacreditável é que o bagunceiro principal, Ednaldo, foi reeleito por aclamação, com o voto de todas as federações e agremiações das duas principais divisões, um dia antes do papelão na Argentina.

Conclusão: todos os votantes estão satisfeitos com o trabalho do cartola que desorientou a seleção brasileira com sua espera por um técnico imaginário. Eles aprovaram também uma gestão que não conseguiu resolver problemas históricos do futebol nacional com calendário, arbitragem e gramados ruins.

Mas, na visão dos eleitores, foi tudo tão bem que merece continuar. E continuou no dia seguinte à aclamação com uma seleção que é a cara do futebol brasileiro, frágil e desorganizada, sendo tratada como piada por sua maior rival.

Ednaldo e seus eleitores tiveram o que mereceram: a continuação de um trabalho desastroso, mas que eles consideram bem-feito.

Opinião

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