Conmebol não merece o Corinthians feminino, que precisa jogar um Mundial
Pouco depois de o Corinthians conquistar o seu quinto título da Libertadores feminina, no último sábado (19), as jogadoras do Timão postaram vídeo nas redes sociais protestando contra a desorganização no torneio.
Mudança de sede, estruturas precárias, falta de divulgação, estádios vazios, gramados ruins e jogos a cada três dias foram alguns dos itens atacados.
As Brabas pediram respeito ao futebol feminino na America Latina. Atitude de quem é grande não só dentro de campo.
Saber se posicionar além das quatro linhas é uma característica das multicampeãs corintianas.
Antes de levantarem mais um caneco continental ao baterem o Independiente Santa Fé, por 2 a 0, as Brabas tinham faturado o quinto título brasileiro seguido, no mês passado. Foi o sexto triunfo do Timão na competição nacional.
As conquistas deste ano mostram que nem troca de treinador segura o Corinthians. Arthur Elias deixou o Alvinegro para treinar a seleção brasileira. Lucas Piccinato o substituiu, e o Alvinegro continuou dando voltas olímpicas.
As Brabas sobram no Brasil e na América do Sul. Elas merecem a chance de enfrentar os poderosos times europeus e adversárias de outros continentes. As corintianas precisam de um Mundial para jogar. O continente ficou pequeno para elas.
Em maio deste ano, a Fifa anunciou que a competição mundial acontecerá pela primeira vez em 2026. É injustificável tanta demora para que as mulheres tenham o seu Campeonato do Mundo entre clubes.
Trata-se de uma injustiça com todas as equipes femininas do planeta. Em especial, com as Brabas, que no máximo podem empilhar as taças colocadas em disputa pela Conmebol. A entidade continental trata o futebol feminino com desleixo e não merece as pentacampeãs que tem.
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