Palmeiras volta a ter debate por uso de urnas eletrônicas nas eleições

As urnas eletrônicas voltam a ser tema de debate no Palmeiras. Com eleições do Conselho Deliberativo marcadas para o próximo mês de fevereiro, os conselheiros novamente apontam que o estatuto do clube obriga o uso de uma forma consagrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, diferentemente do que aconteceu nos últimos dois pleitos na Alameda do Palestra Itália.
Desde a entrada de Leila Pereira no clube, as votações deixaram as urnas de lado e colocaram computadores e tablets para que os eleitores pudessem votar. Isso aconteceu tanto na escolha de conselheiros, em 2023, quanto na última votação para presidente, quando Leila venceu Savério Orlandi no fim de 2024. Antes disso, na gestão de Maurício Galiotte, as urnas eletrônicas eram usadas.
Tendo isso em conta, o conselheiro da situação Guilherme Mendes protocolou na secretaria do clube um pedido para que o artigo 74 do estatuto seja respeitado, acompanhado, inclusive, de um parecer técnico que recomenda novamente o uso das urnas.
O TSE, inclusive, disponibiliza o empréstimo de urnas para instituições que gostariam de organizar eleições e já fez isso com outros clubes, como no Fluminense, por exemplo.
A coluna teve acesso ao documento que foi registrado na última sexta-feira. Nele, Mendes destaca que circulou no clube um boato sobre quebra de sigilo dos votos. Segundo soube a reportagem, esse boato dava conta que associados ficaram com medo de sofrer represálias caso não votassem em Leila Pereira, o que ela sempre negou.
Vale destacar que, antes das eleições de 2023, a oposição também já havia registrado um documento pedindo que as urnas fossem utilizadas. Na ocasião, os pedidos da oposição não foram atendidos. Resta saber se, agora que o pedido veio da situação, a postura do clube será diferente. No documento, Guilherme Mendes entende que a eleição que não respeita esse artigo do estatuto corre o risco de ser anulada na Justiça.
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