Vinicius Júnior dá espetáculo e conquista o mundo que já é dele

O Al Hilal fez tudo para competir. Reuniu os melhores jogadores do elenco na formação inicial, teve a volta de Canno ao meio-campo.

Fez Vietto buscar espaços às costas de Tchouaméni e Marega duelar na frente com Rudiger e Alaba. O argentino e o malinês foram os melhores da digna equipe saudita. Demonstrando que a vitória sobre o Flamengo na semifinal não foi por acaso.

Mas simplesmente não dá para duelar de igual para igual, mesmo com o campeão europeu disputando o Mundial sem a intensidade com que disputa a Liga dos Campeões, por exemplo.

Por isso o jogo divertido e com o placar atípico de 5 a 3. Com a equipe de Carlo Ancelotti ditando o ritmo, trocando passes e pressionando logo após a perda da bola. Modric e Kroos cadenciando, Valverde e Vinicius Júnior acelerando pelos flancos e Benzema, de volta ao time, circulando.

Servindo e recebendo de Vini em uma parceria eficiente e vitoriosa. Inimaginável quando o francês humilhou o brasileiro pedindo a um companheiro que não tocasse para o jovem atacante. Agora Vinicius é autor de gol em final de Champions e foi às redes duas vezes em uma decisão de Mundial, chegando a três no torneio. No oitavo título do maior campeão.

Vinicius Júnior foi um espetáculo à parte e ganhou o planeta que já é dele. Vencendo racismo e qualquer outro preconceito com trabalho, humildade, sorriso no rosto e muita dança. Merece tudo de melhor.