A base da diferença entre o Palmeiras de Abel e o Santos de Caixinha

O Palmeiras já provou faz tempo que viver da base compensa. Com ganhos esportivos e financeiros indiscutíveis, o Alviverde é o grande exemplo atual do quanto pode render um investimento consistente na base (muitos títulos e mais de um bilhão de reais).
Ontem, contra o Santos, não deu outra. Estiveram em campo, Allan, Estêvão, Fabinho, Luighi, Naves, Thalys e Vanderlan. Todos Crias da Academia, todos com uma atuação no mínimo razoável. No banco, ainda restaram Mateus, Benedetti, Figueiredo e Michel.
Isso impressiona muito. Não foi só Endrick. E depois Estêvão. E, de repente, Vitor Reis. Ou Luis Guilherme, que também já partiu. São vários. A máquina de produção não para.
A futura estrela do Chelsea, aliás, continua a brilhar. Deu lençol, pressionou, incomodou a defesa do Santos o tempo inteiro. Mesmo quando o time estava mal e atrás no placar, Estêvão criava, driblava, fluía.
Classificação e jogos
Mas quem marcou o gol de empate foi a nova esperança do ataque, Thalys. O atacante de 19 anos recebeu um cruzamento perfeito de Mauricio e deixou tudo igual na Vila Belmiro. Como ressaltou um amigo, gol todo construído por atletas nascidos depois dos anos 2000. O meio-campista, contratado a peso de ouro do Internacional em 2024, nasceu em 2001. (Não, não vou me sentir velha sozinha.)
Outra coisa que tem cara de Palmeiras nas últimas temporadas é arrancar a vitória no finalzinho, depois de uma atuação discreta, para não dizer ruim. Aos 48 minutos, Richard Ríos aproveitou sobra de escanteio e bateu de primeira no canto de Brazão: 2 a 1 e 42 partidas de invencibilidade na fase de grupos do Paulistão.
Palmeiras e Santos jogaram mal. Cada um pior em uma etapa. Está claro que Abel Ferreira e Pedro Caixinha ainda têm bastante trabalho pela frente. A principal diferença entre eles é a expectativa. E a realidade.
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