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Nova Ram 1500 impressiona, mas a melhor versão da picape não veio ao Brasil

A Ram 1500 mudou nos Estados Unidos e, neste mês de novembro, está finalmente chegando ao Brasil com as atualizações, que incluem o novo motor biturbo de seis cilindros em linha de 426 cv, que substitui o V8.

Foram confirmadas para nosso mercado as versões Laramie e Laramie Night Edition, com preços entre R$ 541 mil e R$ 556 mil. Com isso, saem de cena a Rebel, que era a opção de entrada no país, e a Limited, posicionada, nos EUA, acima daquelas que a marca está trazendo.

Porém, nesta linha 2025 há uma versão ainda mais interessante do que a Limited quando o assunto é luxo e tecnologia.

Trata-se da Tungsten, que transforma a Ram 1500 em candidata à picape mais luxuosa do mundo. Trata-se da opção topo de linha entre as configurações "civis" - já que há, ainda, a RHO, substituta da esportiva TRX.

Virá ao Brasil? Por enquanto, não há nenhuma previsão de trazer a Tungsten para o mercado brasileiro. Uma das razões é que o preço ficaria alto demais. Se a Laramie, que parte de US$ 60 mil nos EUA, está saindo por R$ 541 mil no mercado nacional, imagine a topo de linha - começa em US$ 90 mil.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas o que há de tão especial na nova Ram 1500 Tungsten 2025? Para falar a verdade, diversos detalhes que esta oferece a Laramie também tem. Mas há quatro coisas que tornam esse modelo muito mais legal que outras versões da picape.

1 - Motor

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Antes, as versões mais caras da Ram 1500 vinham com motor V8. Agora, elas trazem um seis-cilindros em linha biturbo em duas opções de potência - e, em ambos os casos, mais forte do que o antigo propulsor. O da Laramie tem 426 cv, que já são suficientes para transformá-la na picape mais rápida à venda no Brasil - faz zero a 100 km/h em 5,3 segundos.

Já a Tungsten usa a versão mais forte do seis-em-linha, com 547 cv. Aliás, é a mesma configuração do RHO. Com isso, mais parece uma flecha do que uma picape para acelerar. Com todo o peso e tamanho, vai de zero a 100 km/h em 4,4 segundos. É tempo de muito carro esportivo da Porsche.

Só que a 1500 Tungsten acelera com suavidade e progressivamente -dependendo do modo escolhido, até com certo silêncio.

Isso com uma estabilidade impressionante para um modelo desse porte - comportamento para o qual contribui a suspensão adaptativa, também disponível na Laramie.

2 - Requinte por dentro e por fora

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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A Tungsten foi a primeira versão da nova Ram 1500 que vi, em agosto, quase dois meses antes do lançamento do modelo para o mercado brasileiro - que ocorreu em outubro, em Dallas. E que impacto! As demais versões não impressionam tanto por dentro e por fora.

Talvez seja pela grade, grande e com detalhes cromados, mas sem exageros. Eles estão no contorno, enquanto o interior da peça é preto em formato colmeia, além de proeminente. Equilíbrio é a palavra-chave do exterior, e isso garante à Tungsten uma imagem mais sofisticada.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Mas o que encanta ainda mais é a cabine, com materiais mais luxuosos do que em qualquer outra versão da 1500. Há abundância de couro em bancos, painéis, portas e console central.Até a qualidade do revestimento do teto - com iluminação e inúmeras caixas de som - chama a atenção.

Ainda há alguns mimos para motorista e passageiros, como resfriamento e aquecimento dos bancos (coisa que a Laramie também tem) e o mais legal de tudo: massagem de diversos tipos e várias intensidades. Essa comodidade, disponível para os dois ocupantes dos bancos da frente, a versão que vem ao Brasil não oferece.

3 - Sistema de som

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Há alguns carros com sistemas de som que impressionam tanto que se tornam referência.

O do BMW i7, com suas caixas de som no interior dos bancos, é um deles. O da 1500 Tungsten agora entra nesse grupo. Sua qualidade, intensidade e nitidez são comparáveis às do modelo da marca alemã.

O sistema de Klipsch é exclusivo da Ram 1500 Tungsten no segmento de picapes. Tem 1.200 W e 23 alto-falantes desenhados especificamente para o modelo. Outros destaques são os tweeters de titânio e uma refinada tecnologia de cancelamento de ruídos.

A Klipsch é uma marca da Panasonic. Vale destacar que a versão Laramie também tem um sistema de som premium bem legal. É Harman Kardon, com 900 Watts e 19 alto-falantes. Só não impressiona tanto quanto o da Tungsten.

4 - Novo nível de automação

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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O mercado está cheio de carros com sistemas ADAS de nível 2. É aquele semiautônomo capaz de frear, acelerar e fazer curvas sozinho em algumas situações. Porém, a maioria exige que o motorista mantenha as mão no volante. Caso contrário, a tecnologia deixa de funcionar e para o carro com segurança.

O sistema Hands-Free da Tungsten vai além. Em rodovias que permitem o uso dessa tecnologia, dispensa a ação do motorista. Este não precisa ficar com as mãos no volante. Assim, o carro é, de fato, capaz de frear, acelerar e fazer curvas sem nenhuma interferência.

E isso por muitos e muitos quilômetros. De Los Angeles a Las Vegas, são mais de 400 km pela rodovia Interstate 15. Usei o sistema Hands-Free em pelo menos metade do caminho.

O Hands-Free também permite que a Tungsten mude de faixa sozinha.

Nesse caso, basta que o motorista acione a seta na direção em que deseja que o carro vá. Mas vale destacar que a responsabilidade continua sendo do condutor. Tanto que, se quem está no banco da esquerda começar a desviar demais os olhos, ou usar o smartphone, há alertas sonoros e até vibrações no banco.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL
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Se o motorista continuar sem prestar atenção na via, o sistema para de funcionar. Ou seja: apesar de ser quase independente, o Hands-Free é um auxílio - por isso, não pode ser chamado de autônomo.

Mesmo que a Tungsten venha ao Brasil, essa tecnologia não deverá ser oferecida aqui, uma vez que nossa legislação não a permite.

A Laramie tem um sistema semiautônomo de condução convencional, que exige que o motorista mantenha as mãos no volante - e não permite à picape mudar de faixa sozinha.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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