Paula Gama

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ReportagemCarros

Toyota Highlander: o SUV que poderia desafiar o reinado do SW4 no Brasil

O SW4 é o grande protagonista do mercado de SUVs derivados de picapes no Brasil. Entre janeiro e 20 de dezembro de 2024, o modelo da Toyota emplacou 17.058 unidades, um volume seis vezes superior ao do segundo colocado, o Mitsubishi Pajero Sport (2.816). Já o Chevrolet Trailblazer, em terceiro lugar, acumulou 1.933 licenciamentos.

Todos eles compartilham uma origem em comum: são baseados em picapes médias (Hilux, L200 e S10), com construção sobre chassi e vocação para o off-road. Mas, e se uma opção com mais conforto, tecnologia avançada e eficiência híbrida entrasse nesse segmento? É aí que o Toyota Highlander, testado nos Estados Unidos, se apresenta como uma alternativa interessante, que poderia conquistar o público brasileiro.

Espaço e conforto premium

Com 4,95 metros de comprimento, 1,93 metro de largura e 2,85 metros de distância entre-eixos, o Highlander é maior que o SW4 em todas as dimensões. O porta-malas tem 658 litros com cinco lugares em uso, com a terceira fileira montada, o volume é de 332 litros. Esses números se traduzem em um interior generoso, perfeito para famílias ou grupos maiores.

O porta-malas tem 658 litros com cinco lugares em uso, com a terceira fileira montada, o volume é de 332 litros
O porta-malas tem 658 litros com cinco lugares em uso, com a terceira fileira montada, o volume é de 332 litros Imagem: Toyota Highlander

O SUV comporta sete ocupantes distribuídos em três fileiras. A segunda fileira é composta por dois bancos individuais que proporcionam o mesmo nível de conforto da dianteira, enquanto a terceira fileira acomoda três passageiros, ideal para crianças ou jovens.

Além disso, a construção do Highlander sobre a plataforma monobloco GA-K, a mesma de modelos como o Lexus ES e o RAV4, entrega um rodar suave e silencioso. A diferença em relação ao SW4, que utiliza chassi derivado da Hilux, é evidente: o Highlander prioriza conforto e dirigibilidade refinada, características muito mais agradáveis para o uso urbano e rodoviário.

Pacote tecnológico de respeito

O Highlander também brilha no quesito tecnologia, com um pacote interessante de assistência à condução chamado Toyota Safety Sense, que inclui recursos como sensor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo, farol alto automático, alerta de colisão, frenagem autônoma de emergência e assistente de manutenção de faixas. Esses itens são um incremento de segurança ao dirigir e o ponto positivo é que o uso é intuitivo, o que facilita que sejam realmente absorvidos no dia a dia do motorista.

Além disso, o modelo avaliado oferece um conjunto de equipamentos robusto, entre os destaques estão o retrovisor com câmera traseira integrada, head-up display, sistema de som JBL com 11 alto-falantes, bancos dianteiros com ajustes elétricos, aquecimento e ventilação, carregador de celular por indução, ar-condicionado digital de três zonas e porta-malas com abertura elétrica.

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Como anda

O Highlander é movido por um sistema híbrido que combina um motor a gasolina com motores elétricos, gerando 246 cv de potência e 24,2 kgfm de torque. A transmissão é do tipo CVT, e o sistema de tração integral sob demanda (AWD) garante agilidade e segurança em diferentes condições de rodagem. Apesar do tamanho, o modelo agrada pela suavidade e refinamento de sua dinâmica de condução, especialmente considerando seu porte e capacidade para sete ocupantes.

Painel do Toyota Highlander
Painel do Toyota Highlander Imagem: Toyota

Construído sobre a plataforma monobloco GA-K, entrega uma experiência ao volante mais próxima de um carro de passeio pequeno, mais agradável do que um utilitário derivado de picape. A suspensão independente nas quatro rodas absorve bem as irregularidades do piso, garantindo um rodar confortável tanto na cidade quanto em viagens. O isolamento acústico é outro destaque: mesmo em altas velocidades, o interior permanece silencioso, elevando a sensação de sofisticação.

O Highlander oferece acelerações lineares e respostas ágeis, especialmente no uso urbano, onde o sistema híbrido alterna para o modo elétrico com frequência, reduzindo consumo e emissões. A transmissão CVT contribui para a fluidez na condução, enquanto o sistema de tração integral sob demanda (AWD) ajusta automaticamente a distribuição de torque, garantindo segurança e aderência em diferentes tipos de terreno. Embora não seja voltado para o off-road extremo, o SUV encara terrenos leves com facilidade e se destaca pelo desempenho em estradas e ruas.

A posição de dirigir elevada, o volante com peso bem calibrado e os freios precisos completam a boa experiência ao volante. O Highlander é um carro que prioriza o conforto e a confiança, entregando uma condução estável em curvas e surpreendentemente ágil para um veículo de quase 5 metros de comprimento.

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Os passageiros da segunda fileira viajam em assentos individuais, como os dianteiros
Os passageiros da segunda fileira viajam em assentos individuais, como os dianteiros Imagem: Toyota Highlander

Nos Estados Unidos, a versão XLE Nightshade AWD do Highlander custa 47.020 dólares, o equivalente a cerca de R$ 317 mil (com impostos locais). Esse valor é significativamente mais acessível do que o preço inicial do SW4 no Brasil, que parte de R$ 386 mil, mas sabemos que em uma eventual importação, viria bem mais caro.

E no Brasil, será que funcionaria?

O mercado brasileiro de SUVs está cada vez mais exigente, e o Highlander poderia se tornar uma escolha natural para quem busca um modelo de sete lugares com foco no conforto e na tecnologia. Apesar de não estar disponível por aqui, o modelo sinaliza uma direção que a Toyota poderia explorar, especialmente em um país onde os consumidores já valorizam SUVs como o SW4.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

7 comentários

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Flavio Capez

Enquanto na Argentina, Chile e outros paises melhores do que isto aqui, o modelo lançado no primeiro mundo chega no dia seguinte, neste Brasil os otários acham normal comprar modelos defasados, afundar-se em financiamentos largos, pagar seguros e ipva caríssimos. Não é nada normal. Enquanto esses consumidores não mudarem seu patamar informativo, e não mais serem otários, as montadoras adorarão vender Monstreros e outros carros de 4° mundo aqui. Para que mudar, se os brasileiros acabam comprando qualquer coisa que elas ofereçam?

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Luis Alex Pascoaleto

Mas no Bananil temos governantes incapacitados de administrar ou planejar algum futuro (exceto os próprios) e portanto "trabalham" apenas taxando, pois é mais fácil impor arrecadação do que pensar na melhora social!!

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Anesio Marcelino Roberti

Paula, com todo respeito a sua brilhante carreira    e como vc é jovem eu gostaria  e preciso te  dizer como gestor e analítico que sou,  que sua materia deixou bastante a desejar. Começa com uma pergunta e assim termina.  Não pode ser assim... uma materia quem q ter começo meio e fim.... e sua materia não tem conclusão alguma até pq faltou conteudo. Me desculpe mas entendo que estou colaborando pra seu crescimento....

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