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Moradores resgatam cachorra que ficou presa em casa concretada em Maceió

Vitória Alcântara

Colaboração para o UOL, em Maceió

29/09/2020 18h43

Uma cadela foi resgatada de uma casa fechada por blocos de concreto no bairro Pinheiro, em Maceió. O animal, segundo os seus salvadores, ficou pelo menos três dias preso no imóvel situado em um dos bairros que estão afundando na capital alagoana, em decorrência da extração mineral da Braskem na região.

Os insistentes latidos chamaram a atenção de alguns moradores que ainda permanecem no local. Hoje pela manhã, a casa onde a cadela estava presa foi identificada. Moradores e voluntários do projeto SOS Pet Pinheiro se reuniram e quebram o muro construído para isolar o imóvel. Um vídeo postado nas redes sociais do projeto mostra o momento em que um homem quebra os tijolos e consegue acesso ao interior da casa.

A cachorrinha foi encontrada em um dos cômodos da casa, assustada e em meio ao lixo. Os voluntários acreditam que ela estava há, no mínimo, 3 dias, sem beber água e sem se alimentar.

Coordenadora do SOS Pet Pinheiro, a advogada Elisa de Moraes conta que após o resgate a cadela ficou sob os cuidados dos moradores da região, foi alimentada, mas está ainda muito assustada. "É um animal de rua. Aparentemente entrou na casa para se abrigar. Situação que está acontecendo muito no Pinheiro", afirma.

A barriga crescida da cadela chamou atenção para uma possível gestação, mas o estado ainda não foi confirmado. "Pode ser alguma doença também", diz Elisa de Moraes.

O que diz a Braskem

A Braskem afirmou que vai "redobrar as medidas de segurança para que outra situação como esta não ocorra. Caso verifique qualquer procedimento incorreto no tamponamento dos imóveis, o morador pode informar à Braskem por meio do telefone 0800 006 3029. A ligação é gratuita".

A empresa também disse que a casa só foi fechada ontem e não há cerca de 3 dias, como dizem os moradores. "O imóvel em que a cadela estava foi tamponado ontem. De acordo com o procedimento padrão de tamponamento, dez dias após a desocupação, uma equipe técnica visita o imóvel, faz a limpeza, dedetiza e inspeciona para verificar se algum material de valor ou animal doméstico foi deixado no local. Somente após esta vistoria, o imóvel é tamponado. Ontem, na vistoria feita pela equipe, não foram identificados vestígios de presença de animal", afirmou a petroquímica em nota.