Virginia pode ir a festa com roupa que quiser: ouvir críticas pode ser bom?
Virginia Fonseca foi alvo de críticas por ter ido à festa de 15 anos da filha de seu motorista vestida de calça e camiseta, sem grandes produções e looks. O sorriso da aniversariante ao lado da patroa de seu pai comprova: pouco importa a roupa escolhida, o legal foi ter ido no evento e prestigiado a adolescente, que ficou com aquela gostosa sensação de ser importante.
Mas a internet é essa maluquice aqui, onde a gente praticamente mora, e logo teve gente criticando a suposta falta de cuidado estético de Virginia. O primeiro ponto dessa discussão é que ninguém deveria reparar ou comentar sobre as roupas ou o corpo de ninguém. Entretanto, sabemos, é o que mais acontece.
Virginia pegou esse limão e fez uma... não, ela só espremeu o limão no olho da seguidora mesmo, expondo o comentário desagradável em suas redes e dizendo que a autora era mal amada e sem noção.
Como ela tem ao seu lado um séquito de fãs incondicionais, acaba colhendo muito mais apoio do que críticas. Cada vez em que seu nome é envolvido em polêmicas, dá a volta por cima com atitudes desse tipo. O velho ditado "o que vem de baixo não me atinge" é ressignificado porque Virginia só sobe o número de seguidores, as cifras, o sucesso, a quantidade de filho e os quadradinho no abdome sarado. O que vem de baixo, usando essas métricas, vem muito de baixo. Pode parecer seguro se colocar nos altos patamares do sucesso, mas periga ser arriscado também.
A atitude (reverter a crítica com o ancestral "feia é você") é um bom exemplo de como é possível não ligar para o que dizem na internet. Geralmente —e nisso a influencer está certa—, quem comenta de maneira depreciativa está sentindo falta de algo em si mesma. Pode reparar: o hater aponta o dedo para o divórcio de alguém porque está infeliz no próprio casamento; quem condena o formato do corpo da outra também não aceita a própria imagem... e por aí vai.
Virginia trabalhou o dia todo e foi em uma festa do jeito que deu. Se tivesse de voltar para casa e se produzir, talvez perdesse o mais importante, que era dar um abraço na menina. Precisava atacar a seguidora que torceu o nariz para seu look? Acho que não. A maneira efetiva de se mostrar superior na internet pode acabar virando um costume.
A balança é complicada: não pode ligar para o que os outros dizem, mas também é importante ouvir opiniões diversas para ter o acréscimo de quem pensa diferente. Ou a gente acha sempre que está certa, acima do bem e do mal, e perde excelentes oportunidades de evoluir. Usando a roupa que bem entender, claro.
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