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Caso Luan: TV diz que dois dos agressores estiveram presos na Bolívia

Luan, jogador do Corinthians, foi agredido por torcedores em um motel em São Paulo - Ettore Chiereguini/Ettore Chiereguini/AGIF
Luan, jogador do Corinthians, foi agredido por torcedores em um motel em São Paulo Imagem: Ettore Chiereguini/Ettore Chiereguini/AGIF

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/07/2023 23h58

Dois dos torcedores organizados que agrediram o jogador Luan em um motel em São Paulo estiveram presos na Bolívia, há dez anos, suspeitos da morte de um adolescente por sinalizador em um jogo do Corinthians na Libertadores. A informação foi divulgada pelo Fantástico, da Rede Globo.

O que aconteceu

Danilo Silva de Oliveira, dirigente da Gaviões da Fiel, e Reginaldo Coelho, estavam entre os 12 torcedores que ficaram presos no país, e que foram liberados em função da ausência de provas. O jovem Kevin Estrada, de 14 anos, morreu após um sinalizador ter atingido seu olho direito, penetrado na cabeça e causado perda de massa encefálica.

O reconhecimento foi feito pela polícia a partir de uma foto publicada pelos organizados em uma lanchonete após a agressão a Luan — a legenda dizia: "Alvo encontrado com sucesso". Ao todo, sete homens invadiram o motel e ameaçaram o jogador, segundo as investigações.

A Gaviões da Fiel afirmou ao Fantástico que está colaborando com as autoridades. A organizada afirmou, em posicionamento jurídico, que se manifestará sobre o episódio "após a apuração dos envolvidos e individualização da conduta".

A invasão ao motel

Luan foi agredido no Motel Caribe por torcedores de uma organizada do Corinthians na madrugada da última terça (4). No estabelecimento da Barra funda, na zona oeste de São Paulo, o jogador foi cobrado para rescindir seu contrato com o clube.

O grupo de organizados entrou no motel às 2h40 da manhã. Os sete homens se dirigem à recepção e conversaram com uma funcionária, conforme gravado por uma câmera de segurança na entrada — o interior do local não possui câmeras.

Eles foram até a suíte em que Luan estava acompanhado de amigos e mulheres, e iniciaram as agressões. Segundo os funcionários do motel, os torcedores sabiam em qual espaço o meio-campista estava hospedado. As imagens que repercutiram as redes sociais foram gravadas por um dos envolvidos.

Os organizados estão sendo investigados por ameaça, porte ilegal de arma e lesão corporal. As investigações prosseguem mesmo com o jogador não procurando a polícia.

O advogado do jogador informou que ele não irá prestar queixa sobre o ocorrido — Luan não quer piorar a situação. Dois amigos do jogador, no entanto, registraram Boletim de Ocorrência e relataram que um dos agressores estava armado.

O que a Gaviões disse

Estamos em contato e colaborando com a autoridade policial responsável pelas investigações. Após apuração dos envolvidos e individualização da conduta, poderemos emitir nosso posicionamento sobre o episódio."

Situação no clube

O Corinthians repudiou a "agressão covarde sofrida pelo atleta". O clube manifestou que prestará "todo o suporte necessário" a Luan, que está afastado e não joga pelo clube desde abril do ano passado.

O Grêmio, seu ex-clube, prepara uma oferta modesta para repatriá-lo. O técnico Renato Gaúcho pediu a contratação do jogador, eleito o Rei da América de 2017, para a diretoria gremista.