Acordo de Depay extrapola valor de parceiro e causa surpresa no Corinthians
Com Lívia Camilo
O contrato do Corinthians com o atacante Memphis Depay extrapola em muito o valor destinado pela Esportes da Sorte para sua contratação. No total, o acordo do jogador garante a ele R$ 82 milhões fixos livres de impostos, além de renda variável.
Os termos do contrato foram revelados pelo "Globo Esporte". O blog confirmou o teor das condições do acordo.
Pelo contrato, Depay garante pelo menos R$ 82 milhões por 26 meses de contrato, entre salários, luvas e direitos de imagem. Ou seja, sua renda mensal é de R$ 3,150 milhões, incluídos aí 13o.
Além disso, seus ganhos podem chegar a R$ 116 milhões com variáveis por desempenho e títulos. Isso tudo líquido e livre de impostos. Ou seja, o custo para o Corinthians é bem maior porque tem que quitar as taxas. Os valores são em euros.
O contrato da Esportes da Sorte, revelado pelo colunsita do UOL Ricardo Perrone, prevê uma verba de R$ 57 milhões para pagar por um jogador. Ou seja, sem considerar os imposto e variáveis, há um valor extra de R$ 28 milhões a ser quitado pelo clube.
Além disso, o blog apurou que Depay não quis que o acordo tivesse garantias da Esporte da Sorte. Todo o contrato é amarrado com o Corinthians. Em caso de inadimplência, o clube pode ser processado na Fifa porque o jogador é estrangeiro, e punido com transfer ban.
As condições do acordo com a principal estrela corintiana causaram surpresa entre membros do Cori (Conselho de Orientação) ouvidos pela reportagem. Os três consultados disseram desconhecer as condições financeiras da contratação antes da revelação do GE.
Há um debate sobre se os contratos teriam de passar pelo CORI. No estatuto do clube, no artigo 119, está previsto que "qualquer transação envolvendo atleta profissional de futebol de valor superior ao equivalente a 40.000 (quarenta mil) salários mínimos, independentemente da parte que caiba ao clube, dependerá de aprovação prévia do CORI." O valor limite, portanto, é R$ 56 milhões.
Alguns membros do Cori entendem que o contrato do jogador pode ser requisitado para a direção por conta desses termos. Mas outros membros têm a leitura de que esse artigo só vale para transferências de jogadores, e portanto, não seria necessária a exibição.
De qualquer maneira, o presidente Augusto Melo deve voltar a sofrer questionamentos por conta dos custos acima do esperado do contrato de Depay.
Não se sabia dentro do clube que ele representava despesas extra ao clube além do patrocínio e que esses valores poderiam chegar a R$ 116 milhões, mais impostos.
Procurado, o clube ainda não comentou o caso.
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