Sob nova direção, Flamengo reformula marketing para turbinar receitas

A revolução no futebol - com um novo diretor e estrutura - é a mais visível para a nova gestão do presidente Luiz Eduardo Baptista. Mas a nova diretoria faz um movimento igualmente de reformulação e expansão no marketing.
Essas duas áreas são consideradas estratégicas por Bap. Em campanha, o dirigente prometeu aumentar em 50% as receitas rubro-negras principalmente com iniciativas de marketing. E este é o setor em que o novo presidente desenvolveu sua carreira.
Não é uma tarefa fácil visto que a gestão de Rodolfo Landim já mais do que dobrou as receitas de marketing. Em 2019, seu primeiro ano, a receita comercial era de R$ 151 milhões e passou para R$ 323 milhões em 2023.
Também houve crescimento no matchday (receita de dia de jogo): de R$ 224 milhões (2019) para R$ 260 milhões (2023).
Ambos os itens estão sob o guarda-chuva do marketing. O diretor de marketing, Marcos Senna, foi mantido. Agora, ele cuida dos contratos de patrocínio e de Broadcast/TV. Sob sua gestão, a camisa do Flamengo chegou a R$ 250 milhões de valor.
Há um desafio no item TV porque o novo contrato da Globo/Libra tem uma previsão de perda entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões para o Flamengo em relação ao atual. Ou seja, é uma receita a se recuperar.
Ex-Palmeiras, Roberto Trinas vai assumir o sócio-torcedor e possivelmente a bilheteria. Bap já sinalizou que entende que o programa poderia render muito mais ao Flamengo ao estabelecer uma relação mais próxima com o sócio. Sua meta é melhorar o serviço e rentabilizar mais o programa.
Os contratos do sócio-torcedor e do Marcacanã - neste caso gerido por uma SPE independente - estão sob escrutínio. Haverá trocar de fornecedores se o entendimento for de que isso trará melhoria de serviço ou redução de custos.
A Fla TV, cujo contrato foi renovado por três meses, deve passar por reformulação. A empresa atual está sob análise e a tendência é que não fique no clube. Esse é outro item que Bap entende que pode gerar mais dinheiro.
Haverá também uma troca na diretoria de comunicação que deve ser assumida por Flávia da Justa. Ela vem do setor corporativo, onde trabalhou na Oi e Petrobras.
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