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ReportagemEsporte

Robinho sofre nova derrota na Justiça por menos tempo em regime fechado

A Justiça de São Paulo manteve decisão que indeferiu pedido da defesa para desconsiderar a hediondez do crime de estupro coletivo pelo qual Robinho foi condenado. O objetivo dos advogados do jogador é conseguir a retificação do cálculo penal. Ela tornaria mais rápida a progressão do regime de cumprimento de pena do fechado para o semiaberto.

Ou seja, a intenção é fazer com que o ex-atleta fique menos tempo em regime fechado.

Procurado pela coluna, o advogado de Robinho, Mário Rossi Vale, apenas confirmou que a defesa entrou com recurso em segunda instância contra a decisão.

Em 22 de julho, a Justiça indeferiu pela primeira vez o pedido do ex-atleta. No dia 29 do mesmo mês, seus advogados apresentaram um pedido para que a decisão fosse revista.

Uma das alegações dos defensores de Robinho é que na Itália, país em que ele foi condenado por estupro coletivo, este crime não é qualificado como hediondo. Assim, no entendimento da defesa do ex-jogador, ele deveria cumprir no Brasil pena relativa a um crime comum.

No cumprimento de penas referentes a crimes hediondos, o condenado só pode progredir do regime fechado para o semiaberto após cumprir dois quintos da pena. Isso se ele for réu primário, como Robinho. Em caso de crime comum, a exigência é de cumprimento de um sexto da pena.

O ex-jogador foi condenado na Itália a nove anos de prisão. Em março, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a pena, determinando seu cumprimento no Brasil, que qualifica estupro como crime hediondo. Robinho está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista.

O Ministério Público de São Paulo se manifestou contra o pedido feito pela defesa do ex-jogador.

"Uma vez validada a sentença estrangeira, aplicam-se as consequências previstas na legislação brasileira, e uma delas é justamente a atribuição da hediondez ao delito cuja pena se executa", escreveu o promotor Carlos Eduardo Devos de Melo, em 2 de agosto.

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Na última sexta (30), o juiz Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos manteve a decisão que ele havia proferido anteriormente contra o pedido de Robinho. Agora, o recurso aguarda julgamento em instância superior.

Reportagem

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33 comentários

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Luiz Carlos Maximiano

Esses advogados são verdadeiras piadas, e se fosse suas próprias filhas estrupadas por esse sujeito?? Será que eles estariam de acordo com suas propostas de crimes comuns??

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Ricardo Mitsugu

Na Itália não tem progressão de pena como no Brasil. Deveria seguir a regra de lá. 

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Paulo Roberto Alves Martins

Trata-se de um cidadao de bem,   t e m e n t e   a deus, patriota, defensor da familiia, da moral e dos bons costumes, conservador, praticante dos valores cristaos e    a d o r a d o r   de   a r m a s. Nao nos esquecamos disso.

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