Meio-campo de Premier League da seleção brasileira passa longe da Champions
A Uefa Champions League começa nesta terça-feira (17), com um novo formato, 36 equipes e um regulamento que promete mais partidas entre equipes de primeiríssimo nível.
Ainda assim, quem quiser assistir aos jogadores do meio-campo da seleção brasileira em ação terá de procurar outro torneio: o Campeonato Inglês.
Nas últimas convocações, Dorival Júnior apostou em atletas da Premier League para o setor: João Gomes, Bruno Guimarães, Lucas Paquetá, Andreas Pereira e o recém-chegado André foram testados.
Nenhum deles jogará a Champions League. Na verdade, nem mesmo a Europa League ou a Conference League — segundo e terceiro torneios da Uefa — está na rota dos meio-campistas da seleção.
O Newcastle, time de Bruno Guimarães, até voltou à Champions na temporada passada. Foi sorteado no "grupo da morte" e ficou em quarto lugar contra PSG, Borussia Dortmund e Milan, com uma vitória em seis jogos.
Neste ano, depois da sétima colocação na Premier League em 2023-24, a equipe do norte inglês não beliscou nem mesmo uma vaga na Conference League, terceira competição continental.
O mesmo aconteceu com o West Ham, de Paquetá, o Fulham, de Andreas Pereira, e o Wolverhampton, de João Gomes e André. Nesta temporada, as três equipes disputarão apenas competições inglesas.
Brasileiros são coadjuvantes na Champions
A ausência dos meio-campistas da seleção brasileira na Champions League mostra uma tendência: cada vez menos jogadores do país são protagonistas no maior torneio de clubes da Europa.
A óbvia exceção é o Real Madrid, atual campeão, que tem Vini Jr., Rodrygo e Éder Militão como titulares, além de Endrick como opção no banco de reservas e aposta para o futuro.
Nesta terça (17), quando a bola rolar para a primeira rodada da nova "fase de liga" do torneio, será difícil ver um brasileiro em posição de destaque fora do Santiago Bernabéu.
Apontado como favorito ao título por especialistas, o Manchester City de Pep Guardiola é o time de Erling Haaland, Kevin de Bruyne e Rodri. No elenco, há dois brasileiros: o goleiro Éderson e o recém-chegado ponta Savinho.
O Liverpool, outra potência inglesa, tem apenas Alisson, também goleiro, em seu elenco. No Arsenal, a conta é um pouco mais favorável. Os Gunners contam com o trio de Gabriel — Magalhães, Martinelli e Jesus — e com o goleiro Neto. Só que apenas os dois primeiros têm sido titulares.
O Bayern de Munique, outro time que pinta como candidato ao título, não tem representante brasileiro. Desde que Douglas Costa passou pelo clube, na temporada 2021-22, os bávaros não contam com atletas do país pentacampeão mundial em seu elenco.
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Quero receberO PSG, que já foi de Neymar, hoje tem os dois brasileiros jogando na defesa: Marquinhos e Lucas Beraldo.
O Milan, outrora de Kaká, só tem o lateral-direito Emerson Royal; a arquirrival Internazionale, campeã de uma Champions League com defesa de base brasileira em 2009/10, tem apenas Carlos Augusto, lateral-esquerdo reserva.
Na Espanha, os rivais do Real Madrid têm brasileiros que são importantes, mas em quantidade reduzida: no Barcelona, o único jogador do país é Raphinha, que vem ganhando espaço, mas as capas de jornais costumam ser de Lamine Yamal e Robert Lewandowski.
Já no Atlético de Madrid, a bandeira brasileira é representada por Samuel Lino, ala que também joga como atacante e encara concorrência forte por uma vaga no time titular.
Portugal, maior destino de jogadores brasileiros no exterior, sempre foi um país com alta quantidade e qualidade de talento verde e amarelo. Mas, nesta temporada, nem isso: o Benfica tem apenas Arthur Cabral, que é reserva, em seu elenco; o Sporting conta com o lateral e zagueiro Matheus Reis.
Resta o Shakhtar. A equipe ucraniana, tradicionalmente conectada ao futebol brasileiro, mantém o hábito e tem sete jogadores do país.
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