Rebaixado e em frangalhos, Valladolid recebe Barcelona com Ronaldo em xeque
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A campanha do Valladolid na temporada 2024-25 já está na história do Campeonato Espanhol. Com 16 pontos em 33 rodadas, o clube já está rebaixado e faz a pior campanha de um time em La Liga neste século.
Neste sábado, a luta pela quinta vitória da temporada será uma missão quase impossível: a equipe recebe o Barcelona às 16h (de Brasília). Os catalães são os líderes da competição com 4 pontos de vantagem sobre o Real Madrid.
No centro do furacão da temporada terrível do Valladolid está Ronaldo Luis Nazário de Lima. O ex-atacante brasileiro é proprietário e presidente do clube e tem sido apontado por torcedores, imprensa e opositores como um dos principais responsáveis pelo desempenho sofrível.
Ronaldo assumiu o controle da equipe em setembro de 2018, com a promessa de melhorias estruturais e esportivas. Quase sete anos depois, o time já acumula três rebaixamentos, contando com o desta temporada. Nas cinco temporadas na elite, apenas uma vez — em 2019-2020, quando foi 13º — o time não brigou até a reta final contra a queda.

"A imagem que Ronaldo tem hoje, com a imprensa e com os torcedores, é péssima", resume o jornalista Miguel Ruiz, que acompanha de perto o noticiário e a política do clube. "Ele tem muita culpa do rebaixamento. Um dirigente tem que ser consciente dos problemas do time e tem que saber que para jogar a primeira divisão é preciso ter um time competitivo", acrescenta.
Nos bastidores do clube, foram erros de Ronaldo que levaram à campanha que conduziu o time a um rebaixamento que já se podia prever nas rodadas iniciais do torneio. "O elenco é um desastre. Não é só culpa dele, mas faltou mais envolvimento no processo", diz um opositor do brasileiro.
Para Miguel Ruiz, o nível do elenco foi o grande problema da temporada, mas não o único: o clube também não soube se adaptar para conseguir reforços no mercado.
"O elenco do Valladolid não se parece com um time de primeira divisão, e é pior até que alguns times da segunda divisão. Além da má construção do time, nas janelas de transferência o time vendeu e não comprou. Quem veio, veio emprestado, e alguns jogadores chegaram sem ritmo", explica o jornalista.
Quem acompanha de perto o dia-a-dia do clube garante que Ronaldo foi se tornando uma presença menos frequente nas arquibancadas do Estádio José Zorilla. A sensação, nos bastidores, é que ele já prepara uma operação de saída.
Nos últimos meses, o ex-atacante esteve envolvido com a possibilidade de se candidatar à presidência da CBF, o que acabou não acontecendo por falta de apoio de clubes e federações. Pessoas próximas ao jogador dizem que os próximos passos estão em projetos no Oriente Médio, bem longe da cidade espanhola.
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