Agente diz que Barça não deu a Vitor Roque as chances que Real dá a Endrick
O empresário André Cury, responsável pela carreira de Vitor Roque, criticou o tratamento dado pelo Barcelona ao brasileiro. Para o representante, o atacante não recebeu do clube catalão as oportunidades necessárias para se desenvolver.
"Na minha opinião faltou oportunidade para ele. Ele nunca jogou nenhum jogo como titular com o time principal", disse Cury em entrevista ao UOL.
Vitor Roque, de 19 anos, chegou ao Barcelona em janeiro e disputou 16 partidas oficiais pelo clube, duas delas como titular, e marcou dois gols. Fora dos planos do técnico Hansi Flick para esta temporada, o jogador foi emprestado ao Bétis.
Para Cury, a gestão das oportunidades a Roque poderia ser parecida à que o Real Madrid — arquirrival do Barcelona — tem feito com Endrick.
O atacante de 18 anos, revelado pelo Palmeiras, recebeu oportunidades na pré-temporada e, na estreia em jogos oficiais, marcou o terceiro gol na vitória por 3 a 0 sobre o Valladolid, no domingo.
"É só você ver o tratamento que o Real Madrid está dando para o Endrick por exemplo. No amistoso do Real Madrid contra o Barcelona, ele jogou 70 minutos. O Vitor nunca jogou", afirmou Cury. O duelo com o Barcelona aconteceu em julho, nos Estados Unidos, em um torneio amistoso.
Problemas com ex-treinador
Segundo Cury, a falta de oportunidades é fruto do que ele chama de "implicância" do ex-técnico do Barcelona, Xavi Hernández, com o atacante.
"Teve uma implicância do Xavi. O Vitor fez dois gols em dois jogos seguidos, e ele nunca mais colocou pra jogar", lembra. Roque marcou contra o Osasuna, saindo do banco de reservas, e diante do Alavés — foi expulso pouco depois, em jogada polêmica.
Após os dois gols em jogos seguidos, o brasileiro foi titular pela primeira vez, contra o Celta. Atuando pela ponta esquerda, com Lewandowski no centro do ataque, Roque não jogou bem.
A reportagem do UOL entrou em contato com membros da comissão técnica de Xavi, para perguntar sobre a relação do ex-treinador com o brasileiro. "Não queremos comentar o assunto", disse um dos integrantes da equipe.
Reportagem
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14 comentários
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Jos Maria M Abreu
Esses gestores de carreira dos novos talentos brasileiros na verdade só querem levar o seu de forma mais rápida e não fazem realmente o trabalho de preparar os novos talentos para irem para Europa; não incentivam os atletas a estudar línguas, inglês ou espanhol, a estudar sobre a cultura dos países em que podem atuar. Além de irem muito cedo sem estrutura emocional. O melhor seria ficar pelo menos duas ou três temporadas disputando o Brasileiro, se preparar para esse novo passo. Mas não, querem o dinheiro rápido, e vendem o jogador para qualquer mercado e que se dane o talento. como já aconteceu com dezenas de talentos que foram muito cedo para o Exterior
Aderson Pessoa de Luna Filho
Ele teve, sim, oportunidades, porém, não correspondeu .Que mostre, agora, todo seu potencial, seu futebol, no Betis...De qualquer forma, se ele não "vingar" na Europa, o meu Santa Cruz está montando um grande time para voltar a série D do Brasileirão...Vitor Roque será muito bem vindo !
Wagner Luiz Santos
Tudo bem! Só não dá pra comparar Endrick com o Vitor Roque né! É querer comparar o Palmeiras ao Athetico PR, mesma coisa!