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Quincy Jones foi um dos caras mais geniais da história da música

Sou apaixonado por música de todos os tipos desde muito pequeno.

Meu pai trabalhava como distribuidor de discos para as gravadoras e sempre ganhava um exemplar de cada lançamento, que levava para casa.

Claro que naquela época, final dos anos 60 e início dos anos 70, o que bombava mesmo era o R&B, rock and roll, blues, folk music, rock psicodélico, progressivo, Beatles, e várias coletâneas com participações de diversos músicos.

Ele distribuía discos de músicas internacionais e, ouvindo de tudo, acabei adquirindo ótimo conhecimento musical, pois me apaixonei profundamente pela história da música e do cinema graças ao meu pai.

Entrei nesse assunto porque hoje morreu, aos 91 anos, um dos maiores produtores musicais de todos os tempos.

O genial Quincy Jones foi mentor de muitos dos grandes gênios da música, principalmente dos anos 70 em diante, criando obras e parcerias inesquecíveis.

A parceria mais marcante foi entre Quincy e Michael Jackson, que durou décadas, com um trabalho mais genial que o outro.

Essa parceria começou com o disco Off The Wall (1979), que vendeu 40 milhões de cópias e é considerado um dos álbuns mais aclamados da música negra do século 20.

Mas foi em 1982 que Quincy Jones produziu uma das maiores obras-primas musicais de todos os tempos, ao produzir, junto com Michael, o álbum Thriller, que vendeu mais de 100 milhões de cópias, tornando-se o mais vendido da história da música.

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Depois veio o álbum Bad (1987), que também vendeu muito e foi outro marco na história musical.

Contudo, seu trabalho mais representativo foi, sem dúvida, a reunião que organizou para a gravação do álbum USA For Africa, com a música principal "We Are The World", para angariar fundos para as vítimas da fome na Etiópia.

Nesse projeto, participaram todos os grandes nomes da música da década de 80, em um disco e vídeo lançados em janeiro de 1985.

Estavam presentes Michael Jackson, Lionel Richie, Bruce Springsteen, Bob Dylan, Stevie Wonder, Ray Charles, Tina Turner, Paul Simon, Diana Ross, Dionne Warwick, entre outros, junto com artistas em ascensão na época, como Cyndi Lauper e Kim Carnes.

Quando lhe perguntaram como ele conseguiu reunir todos esses artistas e lidar com a vaidade de cada um, respondeu assim:

"Foi simples, deixei a seguinte frase na porta do estúdio: 'Deixe seu ego na porta'."

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O maestro Quincy Jones fez o arranjo da canção, que foi composta por Michael Jackson e Lionel Richie, e também conduziu o grupo vocal.

Inclusive, existe um documentário incrível na Netflix que conta toda a história dessa gravação, com imagens de arquivo geniais, chamado A Noite Que Mudou o Pop.

Sr. Quincy Jones foi trompetista, líder de banda, arranjador, compositor e produtor, ganhando simplesmente 27 prêmios Grammy em sua carreira.

Na vida pessoal, Quincy foi ativista social pelos direitos humanos nos anos 60, apoiando diretamente o Dr. Martin Luther King.

Um detalhe de sua vida que poucos conhecem é que ele foi casado com a atriz e musa do movimento hippie dos anos 60 Peggy Lipton, que fazia parte de um dos seriados mais cultuados daquela década, chamado Mod Squad.

Juntos, tiveram duas filhas, que também são atrizes: Kidada Jones e Rashida Jones.

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Peggy morreu em 11 de maio de 2019, aos 72 anos, e hoje Quincy Jones foi se encontrar com ela aos 91 anos.

Quincy Jones foi um dos caras mais geniais da história da música mundial, deixando um legado incrível.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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