É sempre uma delícia estar ao lado do 'pai da matéria'; beijo, Osmar Santos
Hoje foi uma sexta-feira chuvosa, mas boa para almoçar com amigos, e, principalmente, para ver uma das pessoas que mais admiro do mundo esportivo: o "pai da matéria", Osmar Santos.
De tempos em tempos, a nossa querida amiga, a jornalista Mariana Godoy, organiza um almoço para conversarmos com o Osmar, que está super bem — e nesta sexta foi um desses dias.
Osmar fazia de suas narrações uma poesia, e fez momentos históricos do nosso futebol ficarem eternos para os torcedores, independentemente da equipe que torciam.
Claro que eu, por ser corintiano, tenho na minha mente dois momentos dos mais incríveis da minha época de garoto.
O primeiro é sua narração extraordinária e histórica da Invasão Corintiana no Maracanã, para jogar e eliminar o Fluminense (Máquina Tricolor) da semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976.
Aquilo foi mágico. A sua voz contando a história da entrada do time do Corinthians em campo foi um dos momentos mais marcantes da minha infância, assim como o gol do Basílio de 1977.
Fim do tabu de 23 anos, relatado pelas suas poesias faladas dentro de um jogo de futebol. Sublime!
Mas eu e Osmar nos transformamos em amigos já em 1982, quando voltei ao Corinthians e sempre era convidado para o histórico Programa Balancê, da Rádio Globo.
Sempre que participava do programa deles, colocavam a música do Raul "Como Vovó Já Me Dizia", exatamente nessa parte: "Quem não tem colírio usa óculos escuros."
Também nos encontrávamos muitas vezes em shows de MPB, tanto no Palácio das Convenções do Anhembi como no Ginásio do Ibirapuera.
Tem três narrações suas de gols que fiz que são marcantes para mim:
Um golaço que fiz no Pacaembu contra o Taubaté durante o Campeonato Paulista de 1982, e com a sua voz ficou mais bonito.
O "gol Rita Lee" da final de 1982 é um primor de narração, com o Osmar valorizando o momento do país e a Democracia Corintiana.
E também o segundo gol que fiz contra o Santos, em 1984, jogando pelo São Paulo — que me emociona muito quando ouço.
Foi super legal nosso almoço. Lembramos de todos esses momentos, rimos, nos divertimos... E só de ver o Osmar feliz, rindo e participando das nossas conversas e lembranças já deixa esses encontros incríveis e eternos.
Amo de paixão o Osmar Santos, não só pela sua genialidade profissional, mas também pela sua força interna inacreditável.
Te amo, Osmar.
36 comentários
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Arnaldo Friaça Rosa
Grande Osmar Santos.... Este sim precisa ser reverenciando todos os dias... Parabéns Casão, precisamos valorizar quem verdadeiramente merece... Saúde para o "Pai da Matéria" !!! (-:
Erinaldo Joaquim de Souza
Excelente Casão, Osmar um dos maiores ícones da locução esportiva, que não temos mais nos dias de hoje. Que falta faz, ao lado de Fiori e Silvério.
Fernando Baseggio
Casagrande, muito legal vc fazer essa homenagem e ter o privilégio de estar com Osmar Santos. Parabéns. Eu nasci em 1970 e cresci na década de 80 ouvindo jogos pelo rádio. Eu era fã dele e do saudoso Fiori Gigliotti. Bons tempos. Abraço