Antes do jogo em Brasília, mais uma campanha pueril da CBF contra o racismo
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Cartão vermelho para o racismo. Arbitragem e jogadores de Vasco e Palmeiras entraram em campo com cartões vermelhos para o racismo. Na arquibancada do Mané Garrincha, a torcida recebeu seus cartões vermelhos para serem usados em manifestação simbólica contra o racismo e antes do jogo foi estimulada a levantá-los. As imagens da transmissão não mostraram muitos torcedores com seus cartões em riste.
Trata-se de mais uma ação inócua contra o racismo. O narrador da partida chamava a atenção para essa praga que infesta a nossa sociedade. Vejam: não funciona se for assim. O racismo não é uma praga, o racismo é um planejamento de sociedade. Não podemos nos separar dele ao criticá-lo. Estamos envolvidos, somos nós que o reproduzimos. O racista de estádio é um sintoma dessa estrutura, mas não é sua causa.
Não vamos acabar com o racismo prendendo um racista por vez. Para acabar com o racismo precisamos de educação antirracista. Distribuir livros de Djamila Ribeiro, Lélia González, Sueli Carneiro, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ana Maria Gonçalves etc na porta do estádio seria uma atitude muito mais efetiva. Custa mais caro, sim. Mas se a CBF está disposta a acabar com o racismo pode muito bem desaplicar um percentual bem pequeno de seu bilhão e investir em educação antirracista.
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