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Rocha: Rafinha precisa de um time para chamar de seu no São Paulo
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Muricy Ramalho e Rogério Ceni pediram e o São Paulo foi ao mercado, mesmo com orçamento limitado. Anunciou as contratações de Rafinha e Jandrei. Este último como reposição interessante ao instável e questionado goleiro Tiago Volpi.
Já o lateral-direito de 36 anos deixa o Grêmio rebaixado com número interessante de assistências (sete) e algum desempenho nos raros momentos bons da temporada do tricolor gaúcho. Na despedida com vitória sobre os reservas do campeão Atlético Mineiro, enfim a sintonia fina com Douglas Costa e cruzamento na cabeça de Diego Souza no primeiro gol dos 4 a 3 na Arena.
Rafinha tem liderança e experiência internacional. Também qualidade para que o setor enfim conte com uma opção confiável, depois da frustração com a saída do inconstante Daniel Alves e as nítidas limitações de Igor Vinícius e Orejuela, que forçaram Ceni até a inventar e improvisar mal, como foi o caso de Diego Costa na goleada por 4 a 0 sofrida para o Flamengo no Morumbi.
A grande questão é que Rafinha precisa de um bom trabalho coletivo para render. Voou no Flamengo de Jorge Jesus, fechando bem a linha de quatro e aproveitando o espaço no corredor direito deixado pela movimentação de Everton Ribeiro. Movimentos treinados e bem coordenados para que o lateral chegasse no tempo certo.
Rafinha construiu a carreira na Europa, especialmente no Bayern de Munique, que quase sempre forma grandes equipes. Nem sempre foi titular, mas trabalhou com treinadores como Jupp Heynckes, Carlo Ancelotti e Pep Guardiola. Especialmente com este último, demonstrou versatilidade e muita inteligência tática.
Em entrevista ao canal do Youtube dos colegas Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi, o presidente do São Paulo, Julio Casares, garantiu que o salário está dentro do orçamento do clube. Contrato de um ano, prorrogável por mais um de acordo com metas de desempenho. Como deve ser com um jogador nesta faixa etária.
Uma ressalva é quanto à estabilidade emocional em momentos difíceis. Nas fortes oscilações do Grêmio, muitas vezes vimos em campo um atleta pilhado, tenso, querendo ajudar, mas sentindo a má fase puxar para baixo. No Flamengo, abalado com a saída de Jorge Jesus e percebendo que o nível poderia não ser mantido com Domènec Torrent, mesmo com a indicação do próprio lateral, que trabalhou com o catalão no Bayern, aceitou a primeira boa proposta financeira que recebeu, do Olympiakos, e abandonou o barco.
Ainda assim, é boa aposta, uma sacada até óbvia no mercado com a natural "liquidação" gremista. Mas está provado que Rafinha precisa de um time para chamar de seu. Jogo coletivo e estabilidade para mudar de patamar. Será que Rogério Ceni consegue em 2022?
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