Nivus 2025 tem tudo para ser SUV a combustão mais econômico do Brasil
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Quando atuamos como jornalistas no universo automotivo, uma das perguntas mais constantes que recebemos é: qual é o consumo real? Quem me acompanha aqui na coluna e em outras plataformas sabe que não sou defensora dessa história de consumo real. Isso porque você pode ter certeza: o meu será diferente do seu.
Consumo depende de tanta coisa. Entre elas há a maneira de dirigir, o tipo de estrada e até fatores geográficos. Por isso, sempre indico a leitores e seguidores consultarem o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro. Ali, a metodologia é a mesma para todos os veículos.
Você provavelmente vai obter números diferentes dos divulgados pelo Inmetro. Porém, nessa lista, poderá comparar se o carro "x" é de fato mais econômico que o "y" em condições idênticas.
Com esse ponto explicado, é preciso ressaltar que a metodologia do Inmetro é rigorosa com todo tipo de automóvel. É fácil conseguir, na vida real, números bem melhores - embora, dependendo do tipo de motorista que você for, não é impossível obter dados piores que os do instituto.
Eu submeto muitos carros que testo a aferições de consumo em diferentes condições. Faço essas avaliações principalmente quando esse fator, o gasto de combustível, é importante no produto testado.
Entre os SUVs a combustão que testei nos últimos anos, um dos melhores resultados obtidos foi com o Volkswagen Nivus 2025, na versão Highline. Consegui médias até 17 km/l de gasolina, o que torna esse produto candidato a utilitário-esportivo a combustão mais econômico do Brasil.
Mudou?
O curioso é que o motor 1.0 turbo do Nivus 2025 é o mesmo já usado no carro desde seu lançamento, em 2020. Inclusive, sem mudanças em potência (máxima de 128 cv) e torque (20,4 kgfm). Porém, foram feitas alterações para adequar o propulsor ao Proconve L8, nova fase da legislação ambiental (entrou em vigor no primeiro dia deste ano).

Há mudanças de calibração no motor. Além disso, a Volkswagen investiu em aspectos aerodinâmicos no carro. O local que abrigava os faróis de neblina, por exemplo, agora tem entradas para direcionar ar às rodas, gerando redução do arrasto e melhor eficiência.
Vale ressaltar que, na linha 2025, o Nivus recebeu mudanças estéticas, como novos faróis (com interligação iluminada na versão Highline), grade e para-choque dianteiro. Também há renovação nas rodas e iluminação na barra que conecta as lanternas.
Os preços são de R$ 143.490 para a versão Comfortline e de R$ 160.790 para a Highline. Aliás, este já é o segundo aumento do Nivus 2025. A opção de topo, por exemplo, chegou no fim do ano passado por R$ 153.990 e, em dezembro, quando fiz o teste, estava em R$ 157.490.
O teste
A aferição que gerou melhor consumo foi feita em estrada com velocidade máxima de 90 km/h, de pista simples e pouco movimentada no momento do teste. Rodei por cerca de 100 km procurando manter sempre a permitida de maneira constante. Ultrapassagens? Só em momentos que não exigiram forte pressão no pedal do acelerador.

Foi assim que consegui os 17 km/l. Nos 50 km seguintes, aproximei mais a dirigibilidade do uso real. Mantive a velocidade, mas ousei mais nas ultrapassagens, usando pé embaixo no pedal do acelerador, quando necessário. O consumo foi para 15,8 km/l.
Na Rodovia Anhanguera, com máxima de 110 km/h, procurei não ultrapassar a velocidade permitida. Como a pista é dupla, fazer ultrapassagens não exige muita pressão no pedal do acelerador. Porém, há muitas subidas, que tendem a aumentar o consumo.
Nessa condição, rodei por aproximadamente 200 km. Média: 15 km/l. Lembrando que o combustível utilizado foi sempre a gasolina.
Inmetro

No lançamento do novo Nivus 2025, a Volkswagen divulgou o novo consumo do carro, conforme o PBEV, do Inmetro. Com gasolina, são 12,4 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada. Ou seja: eu consegui números melhores.
Os carros com motor 1.0 turbo que se aproximam do Nivus 2025 na estrada, conforme o Inmetro, são as versões com sistema híbrido leve de Pulse (14,4 km/l) e Fastback (14,7 km/l). Ou seja: mesmo sem eletrificação, o VW vai melhor.
No entanto, o Nivus é superado pelos Fiat na cidade, condição em que Pulse faz 13,4 km/l e Fastback, 12,5 km/l. É que sistemas híbridos têm melhor eficiência em ciclo urbano.
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