Toro ganha novo motor a diesel e entra para o pódio das mais rápidas

Com isso, a Volcano sai por R$ 180 mil e a Ranch, por R$ 195 mil, aproximadamente. Esses valores fazem da Toro uma das picapes a diesel mais baratas do Brasil. E, dependendo do perfil do consumidor, aquela com melhor custo-benefício.

Isso porque a Toro não é para todos. Feita em plataforma de carro de passeio (Small Wide, usada também na Rampage e nos modelos nacionais da Jeep), não tem a robustez das picapes sobre chassi (como Hilux, Ranger, S10 e, na linha Fiat, a Titano). Por isso, para quem usa no trabalho pesado, pode não ser a melhor escolha.

Mas se o objetivo é apenas enfrentar estrada de terra (mesmo as desafiadoras), levar carga moderada ou rodar muitos quilômetros na estrada, a Toro 2.2 surge como opção ainda mais competitiva. Não é à toa que, desde seu lançamento, é uma das picapes mais vendidas do Brasil - e ainda não ganhou concorrente à altura.

Desempenho

O motor 2.2 turbodiesel tem 200 cv (ganho de 30 cv) e 45,5 kgfm (ante os 35,7 kgfm do 2.0). Deixou a Toro sensivelmente mais rápida, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, de acordo com dados divulgados pela Fiat. São exatos 2 segundos a menos do que antes.

Para comparação com as mais rápidas, a Amarok vai de 0 a 100 km/h em 8 segundos e a Ranger V6, em 9,4 s. Já as que estão agora imediatamente atrás da Toro são Rampage (9,9 s) e S10 (10,1 s).

De volta à picape da Fiat, houve mudanças em alguns componentes, para adaptá-los ao motor. O câmbio automático de nove marchas tem as primeiras alongadas. Os freios dianteiros foram redimensionados e as molas da suspensão traseira, ajustadas.

Além disso, houve um trabalho no sistema de escape para deixar a picape mais silenciosa. De fato, o conforto acústico na cabine realmente impressiona, ainda mais para um modelo a diesel. Além disso, não há vibrações que eram muito típicas desse tipo de propulsor - mas, nos mais modernos, vêm sendo eliminadas.

Os freios são a discos nas quatro rodas e as suspensões, independente nos dois eixos. A Toro tem boas respostas de direção e firmeza na carroceria. Porém, dos modelos da plataforma Small Wide, é o que menos se destaca no quesito dirigibilidade - principalmente quando comparado à outra picape feita sobre essa base, Rampage.

O sistema de tração é 4x4 por demanda, com modo que divide força entre os dois eixos. Há também o sistema que simula reduzida usando a primeira marcha. O consumo na estrada foi mantido em 10,5 km/l. Na estrada, era de 13 km/l com o 2.0 turbodiesel. Agora, melhorou: 13,6 km/l. Os dados são do Inmetro.

Equipamentos

A Toro Ranch, versão testada por esta colunista, tem um visual mais chamativo que a Volcano, com direito a santantônio e estribo lateral. Traz ainda capota marítima. As rodas são de 18 polegadas.

Entre os equipamentos de série de destaque, há painel parcialmente digital e central multimídia com tela vertical. Esta traz Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de Wi-Fi a bordo e navegador GPS nativo. A Toro tem três entradas USB e carregador de smartphone sem fio.

Os bancos são revestidos de couro e o do motorista tem ajustes elétricos. O acabamento é bom, com material que imita madeira nos painéis e couro nas portas. A parte de cima destas é menos emborrachada que a de outros três modelos da plataforma: Rampage, Compass e Commander. Nesse quesito, está no mesmo nível do Renegade.

Alguns equipamentos fazem falta. Não há saída de ar para quem vai atrás e o freio de estacionamento é manual. Há quem diga que essa solução é importante em picapes, mas a verdade é que os modelos do segmento têm, cada vez mais, sistemas elétricos. A Rampage, inclusive, traz esse equipamento.

Também não há teto solar, item que, no passado, já foi oferecido na Toro. A picape tem 4,95 metros de comprimento e se destaca pela abertura vertical da tampa da caçamba. Esta tem 937 litros. A capacidade de carga é de pouco mais de 1.000 kg.