Jorge Moraes

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ReportagemCarros

Perto de retorno, Salão do Automóvel de SP ganha sua primeira baixa

O Salão do Automóvel de São Paulo deve ganhar uma importante baixa para a próxima edição, confirmada para o fim de 2025 pela Anfavea, a associação que representa as montadoras. A Abeifa, entidade formada pelas marcas que importam seus veículos para o Brasil, já se manifestou que não tem interesse em participar do evento.

A confirmação foi dada por Marcelo Godoy, presidente da entidade e também comandante da Volvo no Brasil. A marca sueca, inclusive, também não estará no salão. O executivo ainda afirmou que os demais associados da Abeifa (12 no total) decidirão individualmente se participarão ou não do evento.

Pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Anfavea, o retorno do Salão do Automóvel foi anunciado recentemente pelo mandatário da entidade, Marcio Lima. Em contato com a coluna, o executivo afirmou que 14 marcas manifestaram interesse em participar do evento - e outras também estariam pedindo para participar. Os nomes das empresas, porém, não foram revelados.

Um dos motivos da recusa da Abeifa estaria em proposta feita aos recém-chegados BYD e GWM, que teriam espaço privilegiado na mostra. Isso teria causado descontentamento nas demais marcas importadoras. Outro motivo estaria na queda de braço entre Anfavea e fabricantes de fora do país sobre a retomada do imposto de importação.

O ideia da Anfavea é manter o mesmo padrão das edições anteriores que aconteceram até 2018 e realizar o evento a cada dois anos. Além das montadoras, a ideia é contar com a participação de entidades como Sindipecas e Fenabrave, representante dos concessionários.

O Salão do Automóvel de São Paulo não acontece desde 2018. Em 2020, a RX, promotora do evento, tentou fechar os espaços e negociar os estandes, mas a falta de interesse dos fabricantes e a mecânica antiga da exposição, caro e sem foco na venda de veículos, encerrou um capítulo na história da indústria nacional - pelo menos até agora.

Reportagem

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27 comentários

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Domingos Spinelli

Salão do automóvel era bacana até uns 12, 15 anos atrás. Depois disso virou uma bagunça, onde 99,9% das pessoas que lá estavam não tinham a menor condição de comprar os carros ali expostos, e onde as montadoras colocavam um batalhão de gente que não sabia explicar nada sobre os carros. Para quem quisesse realmente conhecer os lançamentos, obter informações detalhadas e até fazer uma reserva de um carro, era impossível. Uma perda de tempo completa. Além de que, hoje a gente obtém a informação que bem entender sobre um carro na internet  e pode simular a compra com os opcionais que bem entender, via configurador. Creio que o salão já era, não faz mais nenhum sentido e só a mente atrasada de uma certa pessoa, que parou no tempo, para pedir à Anfavea pra voltar com esse salão.

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Leandro Dutra

Na época que eu ia ao salão do automóvel não podia ter nenhum dos carros que via expostos e nem as lindas mulheres que trabalhavam nos estandes.  Hoje a realidade é outra. Posso ter os carros que vi na edição de 1996 ou 1998 e com sorte até as mulheres, já aposentadas, que eram modelos naquela época. 

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Mauro Oscar Zulli

Sempre fui fã em ir no SALÃO DO AUTOMOVEL, principalmente quando era realizado no parque ANHEMBI em São Paulo; Porém após ser desativado em 2018, realmente não vejo o porque do retorno deste SALÃO DO AUTOMÓVEL, pois com as mídias sociais, temos acesso fácil e rápido de todas as marcas em até 360" dando todos os detalhes do veículo, e se tiver interesse posso até efetuar negociação ou até mesmo escolher a CONCESSIONÁRIA mais próxima para efetuar a concretização da negociação e até mesmo o teste drive; Quanto ao SALÃO é um alto custo desnecessário para as montadoras.

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