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Presidente e carnavalesco da Tatuapé reclamam de falta de apoio do Maranhão

Janaína Nunes

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/02/2018 20h24

Com passagens pela Unidos de Vila Maria e Acadêmicos do Tucuruvi, entre outras, Wagner Santos, carnavalesco da bicampeã do Carnaval de São Paulo Acadêmicos do Tatuapé, está completando 21 anos na arte de desenvolver o enredo de escolas. Pela primeira vez, porém ele comemora um título.

"Estou duplamente feliz porque sou campeão pela primeira vez e maranhense! Conheço bem o enredo. É meu Estado! Muita gente não gosta de temas chamados CEP porque talvez não emocionem, mas aqui deu certo", celebrou o carnavalesco durante a festa na quadra da escola.

Wagner ainda destacou que a escola não contou com o apoio do governo do Maranhão. "Entretanto tivemos a garra, dedicação e criatividade de todos os envolvidos. Estão todos de parabéns", completou.

Este é o seu primeiro ano na agremiação da zona leste. "É difícil chegar numa.escola que acaba de ser campeã. Há sempre uma cobrança, mas a comunidade me conquistou e vice-versa porque o resultado foi para lá de positivo".

O presidente da Acadêmicos do Tatuapé, Eduardo dos Santos, também reclamou da falta de apoio oficial. "O governo nem quis nos receber. Nós tentamos desde agosto e nada. Tivemos apoio sim de alguns empresa e da prefeitura de São José do Ribamar", contou.

Eles também não puderam contar coma presença de Alcione. "Ela seria nossa convidada sim, porque é um ícone do Maranhão. Não deu já que foi enredo da Mocidade, uma escola muito querida. Nós copiamos muito a Mocidade porque é uma escola exemplar. É nosso modelo de agremiação. Então, não havia motivo para desavenças", afirmou o presidente.

Alcione, no entanto, não esqueceu da escola. Em um vídeo, a cantora parabenizou a Acadêmicos do Tatuapé por mais um título. "Quero mandar também os parabéns ao Tatuapé que também falou da minha terra. Em São Paulo, deu Maranhão", destacou a Marrom, que foi homenageada pela Mocidade, a escola vice-campeã.

Vindo diretamente da apuração, no Anhembi, Eduardo dos Santos quase não conseguiu entrar na quadra de sua escola de tanta gente que tentava entrar na festa. "Estou feliz porque me trouxeram aqui no camarote, quase não consegui entrar!", comentou, sem perceber que muita gente reclamava do preço para entrar no local: R$ 20.