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Monobloco fecha Carnaval carioca com 400 mil foliões nas ruas do Centro

Bernardo Moura

Colaboração para o UOL, no Rio

05/03/2017 14h46

O que Pedro, a Márcia, o Jonathan e o seu Belmiro têm em comum? A paixão pelo Monobloco. Pelo 17º ano consecutivo, a entidade fez o seu tradicional 'arrastão da alegria' com 400 mil pessoas, segundo a Riotur, na manhã deste domingo (05), no centro do Rio.

Homenageando o carnaval de rua e dos blocos, o Monobloco contou com 180 batuqueiros, pessoas que fazem as oficinas de música dentro da própria instituição e ganham uma formatura em plena folia, tocando marchinhas antigas, funk, pop, rock, e muito samba em seu repertório. 

O cantor e um dos fundadores do bloco, Pedro Luis, apontou que o segredo do bloco é a música boa. "Botar o instrumental do samba a serviço de toda esta diversidade musical brasileira e buscar músicas que promovam a alegria, entregar isso da melhor forma possível, tecnicamente.", disse.

Vestida de mulher maravilha, uma das fantasias mais usadas neste carnaval carioca, Márcia da Silva, 49, disse que há cinco anos fecha sua maratona carnavalesca com o Monobloco. "Acompanho o grupo todos os anos. Eles são o melhor bloco porque tocam de tudo. É  por isso que fica superlotado", brinca ela antes de sumir na multidão que acompanhava o trio.

Outro folião que também estava ali só pelo grupo era o arlequim mineiro Jonathan Souza, 27. Ele saiu de Belo Horizonte na madrugada do último sábado e chegou ao Rio tentando aproveitar os últimos minutos de folia. "Eu trabalhei no carnaval de Minas e eu não pude aproveitar. Então, eu vim passar o final de semana e o final do carnaval no Rio. É a primeira vez que faço isso. Eu ja tinha ouvido falar do Monobloco e vim ao Rio conferir", revela.

Carnaval 2018
Enquanto Pedro cantava com a ajuda do rapper BNegão e da rainha pelo segundo consecutivo, Emanuele Araújo, a música de Sérgio Sampaio, "Eu quero é botar meu bloco na rua" (aquela com os versos "É disso que eu preciso ou não é nada disso/Eu quero é todo mundo neste carnaval"), José Belmiro de Souza, 58,  desfilava entre os cortejo com uma placa escrita no verso "Ó ano é  apenas um intervalo aborrecido entre dois carnavais", e na frente, "faltam 340 dias para o carnaval 2018".

Mineiro também, seu Belmiro, como prefere ser chamado,  contou que é  folião há 30 anos e sai sempre de sua cidade no interior de Minas, só para ver o desfiles das campeãs, na Sapucaí, e o desfile do Monobloco. "Hoje está sendo o meu último dia de folia mas já estou pensando no que farei no próximo", conta.