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Doria cogita tirar Carnaval de rua da Vila Madalena em 2018

Foliões curtem o carnaval no Bloco Madalena, na Vila Madalena, em São Paulo - Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Foliões curtem o carnaval no Bloco Madalena, na Vila Madalena, em São Paulo Imagem: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Adriana Ferraz

06/03/2017 18h27

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 6, que, "muito provavelmente, a Prefeitura não fará mais Carnaval de rua na Vila Madalena", bairro da zona oeste da cidade, no ano que vem.

"Não há condições para isso. A Vila Madalena fica muito machucada, muito afetada (com a passagem dos blocos). Ali é um bairro eminentemente residencial, apesar de ter bares, restaurantes e café", afirmou o tucano nesta segunda (6) em entrevista à rádio Jovem Pan.

Segundo Doria, o possível veto da Prefeitura ao bairro não quer dizer que sua gestão não pretenda incentivar mais o Carnaval de rua na cidade. "Pelo contrário, o Carnaval de rua será incentivado. O que vai existir é mais disciplina e aviso, comunicação às pessoas."

O prefeito afirmou que as mudanças visam a permitir que quem quiser descansar, descanse, e também que as pessoas tenham acesso às suas casas.

Problemas

Neste ano, o movimento no bairro foi menor, mas ainda assim houve problemas, principalmente na dispersão dos blocos. A Prefeitura teve de apelar a gradis para impedir que foliões ocupassem ruas mais residenciais, já que o palco montado no Largo da Batata para atrair o público dos bloquinhos não impediu com que a Vila Madalena tivesse barulho, bebida e festa até depois do horário marcado.

Na segunda de Carnaval (27) houve um pequeno tumulto no cruzamento da Rua Fradique Coutinho com a Inácio Pereira da Rocha, e a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar as pessoas. Um dia antes, a reportagem constatou que, após a passagem dos blocos, foliões providenciavam sua própria festa com instrumentos musicais como atabaque, tamborim e pandeiro.

Na comparação com carnavais anteriores, porém, a situação foi mais controlada no bairro. Há dois anos, a Polícia Militar chegou a fazer cordões de isolamento para expulsar as pessoas e houve confronto entre moradores e foliões. Desta vez, a tática de usar jatos d'água para afastar as pessoas deu certo e sem registro de grandes conflitos.

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