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Rio de Janeiro

Crivella mantém corte no Carnaval e compara discussão a dor de parto

Portela no desfile das campeãs de 2017 - Bruna Prado/UOL
Portela no desfile das campeãs de 2017 Imagem: Bruna Prado/UOL

Lucas Gayoso

19/06/2017 13h20

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), disse que não voltará atrás na decisão de cortar pela metade os recursos destinados às escolas de samba no próximo carnaval.

Crivella criticou ainda o aumenta do repasse feito pela prefeitura às escolas no ano passado, quando então o prefeito Eduardo Paes (PMDB) aumentou o subsídio de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões, por agremiação.

"Acho que vou criar o bloco 'é conversando que a gente se entende'. Estamos enfrentando uma crise e as crianças e as creches são prioridades. Temos de reavaliar e corrigir os custos do ano passado, quando houve um aumento do subsídio num momento de euforia. Cólicas não são pra desanimar. As cólicas de uma mulher que vai dar à luz são redentoras", disse o prefeito, que participou da inauguração, na manhã desta segunda-feira, 19, do projeto Rio Walls, projeto que visa levar arte urbana a espaços públicos da cidade.

À tarde, representantes da Liga Independente das Escola de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) terão uma reunião com o presidente da Riotur, Marcelo Alves, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste. Na quarta-feira, 14, as escolas ligadas à Liesa decidiram não desfilar em 2018, em retaliação à decisão de Crivella de reduzir os subsídios.

Na semana passada, personalidades do samba fizeram um protesto contra a medida. Entre as lideranças das escolas de samba, apenas dois carnavalescos da Beija Flor de Nilópolis - Laíla e Cid Carvalho - e outro da São Clemente, Jorge Silveira, compareceram à manifestação e criticaram Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).