Sua boca pode dar sinais de diabetes; veja 3 sintomas preocupantes
O diabetes é caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue e aumenta o risco de problemas cardíacos, sexuais e nos rins.
A doença pode ter duas causas diferentes: nos pacientes com diabetes tipo 1, o organismo deixa de produzir insulina, o hormônio que leva a glicose para dentro das células, para que o açúcar seja usado como combustível; já em pacientes com diabetes tipo 2, o organismo não produz quantidade suficiente de insulina ou não consegue empregar o hormônio produzido de forma adequada.
Sintomas de diabetes
Na boca, os três sintomas mais comuns incluem:
Sensação de secura (xerostomia): o diabetes pode reduzir a produção de saliva, resultando em uma sensação constante de boca seca e sede excessiva.
Gengivas vermelhas e sensíveis: o aumento dos níveis de açúcar no sangue facilita a proliferação de bactérias, causando inflamação e sensibilidade nas gengivas.
Perda de dentes: como o diabetes pode aumentar o risco de infecções nas gengivas e nos ossos que sustentam os dentes, também pode levar à perda dentária. Também retarda a cicatrização de feridas, incluindo aquelas causadas por infecções ou procedimentos dentários, o que pode agravar problemas dentários.
Outros sinais associados ao excesso de açúcar no sangue, são:
- Fome excessiva;
- Aumento da frequência urinária;
- Infecções frequentes (como de bexiga ou pele);
- Fadiga;
- Visão turva;
- Perda de sensibilidade ou formigamento nos pés ou nas mãos;
- Feridas que demoram muito para cicatrizar;
- Perda de peso sem razão aparente.
No diabetes tipo 1, as manifestações surgem rápido. Já no tipo 2 a evolução pode levar anos. Muitas vezes não há sintomas ou eles são tão leves que a pessoa só descobre a doença quando já existe alguma complicação.
Diagnóstico e tratamento
A dosagem do nível de glicose no sangue (glicemia) é feita com uma simples gota de sangue. O resultado desse exame é considerado normal quando o nível está abaixo ou igual 99 mg/dl na dosagem feita em jejum de oito horas.
Quando o resultado varia de 100 a 125 mg/dl, significa que a glicemia está alterada e que o paciente pode ter pré-diabetes. Nesse caso, é preciso fazer um teste oral de tolerância à glicose, também conhecido como curva glicêmica —o paciente bebe uma solução açucarada e repete a coleta de sangue de meia em meia hora, ou só após duas horas.
Outro exame de sangue que tem sido usado no diagnóstico e no controle do diabetes é a hemoglobina glicada (HbA1c), uma média que reflete os níveis glicêmicos dos últimos três ou quatro meses e independe do jejum.
Vale lembrar que o pré-diabetes não é uma doença, e sim um estado que indica o risco potencial de diabetes. A partir desse diagnóstico, o paciente deve cuidar da dieta, do peso e fazer exercícios físicos para que o quadro seja revertido. Quando o pré-diabetes acompanha outros fatores de risco, como obesidade abdominal, resistência à insulina, hipertensão, colesterol e triglicérides alto, é comum dizer que o paciente tem síndrome metabólica.
O paciente com diabetes precisa ser tratado por uma equipe multidisciplinar, com endocrinologista, nutricionista, educador físico, psicólogo e outros especialistas. No início, há muita informação para ser assimilada, por isso é comum ouvirmos falar na educação em diabetes. Aos poucos, o gerenciamento do nível de glicose vira rotina. O principal objetivo é que a glicemia em jejum fique em torno de 100 mg/dl em jejum, e em 140 mg/dl duas horas após a refeição. Esse controle é feito por um aparelho chamado glicosímetro.
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