Consultoria usa mapa astral de funcionários pra evitar demissão em empresas
Já ouviu aquele papo de cancerianos serem estáveis no trabalho, arianos líderes natos, leoninos bastante criativos e virginianos extremamente perfeccionistas? Pois bem, a generalização é conhecida, mas tem quem saiba usar a astrologia a fundo para estruturar equipes em empresas. Em tempos de crise, esse tipo de recurso tem sido aplicado inclusive pensando na realocação de funcionários que não estão rendendo bons frutos em um setor, mas que, por perfil, dariam certo em outro, evitando a demissão.
É assim que atua profissionalmente a astróloga Lilian Marins há dois anos. Junto à psicóloga Leila Tancredo, elas oferecem o serviço de aconselhamento a empresas para novas contratações e melhor organização de suas equipes de acordo com a personalidade e competências dos funcionários.
Não, não se trata se uma simples aplicação esotérica e “seja o que os astros quiserem”! Leila aplica ferramentas de avaliação, como um teste vocacional, e conversa com o candidato à vaga ou com os funcionários do setor em questão que necessita ser reformulado.
Nessa etapa, a psicóloga analisa o perfil da pessoa e o cargo em que ele está atuando. Ele está feliz? Está rendendo? Combina com aquela função? Tudo isso com base nas características positivas e negativas da personalidade, habilidades potenciais e fragilidades.
A ferramenta final de checagem, então, é o mapa natal realizado por Lilian, que traçará o perfil do indivíduo. A partir dele, ela consegue compreender também, por exemplo, o relacionamento entre membros de equipes, como afinidades e pontos de conflito --tudo por meio da sinastria, que é o cruzamento entre os mapas de cada um. Em uma equipe com 10 pessoas, a avaliação da consultoria costuma levar quatro semanas.
“Não houve sequer uma vez em que ambas as checagens, a da psicologia e a da astrologia, confrontaram”, diz. “A Leila atua na linha junguiana, e o próprio Jung estudava astrologia. Um freudiano jamais acreditaria nessa aplicação.”
As decisões de realocação ou demissão de funcionários não fica a cargo da dupla, é claro. Mas elas contam que o resultado tem se mostrado positivo, segundo o feedback dos clientes.
"Certa vez atendemos uma empresa que tinha uma secretária em situação bastante problemática. Embora fosse competente, brigava com todos os colegas, reclamava muito, ninguém gostava dela", relembra Lilian. "A partir da avaliação geral, notamos que ela era um tipo de pessoa que gostava de se vitimizar. Ao conversarmos, ela compreendeu e refletiu sobre o seu problema e buscou ajuda. E a relação, com o tempo, melhorou. A maioria das pessoas não se conhece. Poucos fazem uma autoanálise."
“Nossa abordagem com as empresas é a de consultoria empresarial. Não fazemos da astrologia um carro-chefe, porque o mapa só checa o que a psicologia já analisou. Além disso, poderia causar um estranhamento por parte das áreas de recursos humanos”, comenta. “Geralmente até estranham quando pedimos as datas e horários de nascimento dos funcionários [risos].”
Juntas, elas já atenderam mais de 10 empresas, cujos nomes não podem ser revelados devido à cláusula de confidencialidade presentes nos contratos. Estão na lista companhias nacionais e multinacionais, que vão de 70 a mais de mil funcionários.
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