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A transmissão do Carnaval do Rio e São Paulo na Globo, este ano, rendeu o segundo menor índice de audiência deste evento na história da emissora na Grande São Paulo, que é a principal praça da publicidade brasileira.
Os dados da tabela ao final do texto abarcam os últimos 23 anos e incluem todos os desfiles e as apurações nas duas capitais (desfiles das campeãs excluídos, porque este ano a Globo não vai exibi-los, e sim o canal pago Multishow).
Antes de 2000 as audiências eram bem superiores, já que não existiam redes sociais e outras mídias digitais popularizadas.
Turbinou pero no mucho
Apesar de ter "turbinado" o ibope da Globo nas madrugadas de exibição, como sempre, dados exclusivos obtidos pela coluna mostram que este ano a média de ibope ficou em 9,1 pontos, no ibope consolidado.
Conseguiu dar menos ibope, inclusive, que no ano passado (9,3 pontos), quando os desfiles aconteceram em abril, por causa do rescaldo da pandemia de coronavírus. O resultado só não foi pior que em 2013, quando a emissora marcou 8,9 pontos.
Hoje cada ponto de ibope equivale a cerca de 77 mil domicílios na Grande SP.
Motivos possíveis
Como o jornalista Guilherme Ravache, do UOL, publicou com exclusividade na semana passada, este ano a venda de cotas publicitárias da Globo para o Carnaval encalhou. Após décadas, os anunciantes aparentemente se desinteressaram do evento.
Ravache também analisou que a festa deixou de ser atraente ao telespectador e que hoje expõe um dilema: qual será seu futuro na TV?
Veja como foi o ibope do Carnaval na Globo desde o ano 2000
Ano e média em pontos
2000 - 16,7
2001 - 16,6
2002 - 12,7
2003 - 13,9
2004 - 16,0
2005 - 15,3
2006 - 15,1
2007 - 14,8
2008 - 13,1
2009 - 13,4
2010 - 12,4
2011 - 12,1
2012 - 10,3
2013 - 8,90
2014 - 9,90
2015 - 10,0
2016 - 10,8
2017 - 11,4
2018 - 11,2
2019 - 10,8
2020 - 11,4
2021 - Não houve
2022 - 9,30
2023 - 9,10
Fonte: Dados consolidados de audiência mensurados pela Kantar Media
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram, site Ooops e YouTube.
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