Hotel mais fundo do mundo é perrengue: vale descer 420 metros em uma mina?
O País de Gales ganhou uma nova atração que promete aos seus visitantes um sono para lá de profundo: o autointitulado 'hotel em maior profundidade do mundo', a 420 metros do solo, logo abaixo das montanhas de Snowdonia.
Batizado como 'Deep Sleep', o estabelecimento inaugurado em abril fica na mina de ardósia Cwmorthin, aberta em 1810 e interditada desde 1939.
Para chegar lá, os hóspedes precisam encarar uma jornada difícil, que envolve uma trilha de 45 minutos com escalada de rochas, descidas por escadarias tortuosas que serviam aos mineiros e passagens por pontes em ruínas.
Antes de encarar a estadia, é melhor também deixar a expectativa de conforto em casa. Apesar de diárias que chegam a 550 libras ou R$ 3.376, o hotel oferece apenas quatro cabines privativas com duas camas de solteiro, além de uma "gruta romântica" no coração da mina, área para refeições e banheiro com vasos e pias simples.
Segundo a empresa de atividades ao ar livre Go Below, que administra a empreitada, esta é uma "experiência de aventura em acampamento remoto". O hotel só funciona uma noite por semana, aos sábados, e a programação é definida pela equipe da casa: às 17h, hóspedes encontram os guias na base próxima à cidade de Blaenau Ffestiniog, de onde partem juntos na expedição até as acomodações subterrâneas.
Há apenas uma parada no caminho, em um chalé, onde os visitantes recebem equipamento de proteção individual: capacete, lanterna, botas e cintas para cordas de segurança. Os guias ainda oferecem "suficiente informação histórica sobre a vida dos homens e garotos que trabalharam na mina", segundo a Go Below e o jornal britânico Daily Mail.
Toda a descida para o hotel leva cerca de uma hora. Ao atravessar a larga porta de aço, hóspedes recebem bebidas quentes e uma refeição descrita como "à la expedição" pela equipe da casa, servida em mesa de piquenique, antes de cair no sono.
A temperatura média no local é de 10º C, portanto é necessário levar roupas quentes para aproveitar a área comum da mina. O interior das cabines é "bastante aconchegante", descreve o hotel, graças ao isolamento térmico nas paredes. Há água corrente e luz elétrica fornecida por baterias.
Cada "quarto" ainda conta com wi-fi graças a um cabo ethernet de um quilômetro que leva 4G da superfície à mina. No entanto, sinal de celular não funciona por lá. Um guia e um membro da equipe técnica permanecem no hotel durante a noite para auxiliar em situações emergenciais.
No café da manhã, às 8h, são servidos "lanches simples" e uma bebida quente. Depois, é hora de subir rumo à superfície novamente. Ainda de acordo com o Mail, o quarto de hotel mais profundo do mundo antes do Deep Sleep era uma suíte a 154 metros na mina de prata Sala, na Suécia.
A noite na cabine para dois do Deep Sleep sai por 350 libras (R$ 2.149) e inclui toda a alimentação. Já a experiência da gruta custa as 550 libras (R$ 3.376) já mencionadas. Mais informações e reservas estão disponíveis no site go-below.co.uk/deep-sleep.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.