Como demissões em massa e retornos abalaram Flamengo e o que vem por aí
O Flamengo ainda vive os efeitos de todas as mudanças feitas pela nova gestão nos primeiros dias de 2025. Não se passou nem um mês até o primeiro episódio para abalar a rotina do clube, principalmente no futebol. As demissões em massa já causaram desconforto e questionamentos, e os dirigentes voltaram atrás em alguns casos, mas as saídas não devem parar por aí.
O que aconteceu
Só no Ninho do Urubu foram 40 pessoas demitidas no departamento médico. Também houve uma saída na comunicação do clube ligada ao futebol. Na sede da Gávea, outras quatro pessoas foram mandadas embora logo nos primeiros dias do ano.
A repercussão fez o Fla recalcular rota no CT no caso de duas pessoas que tinham saído e voltaram. Jogadores e comissão técnica foram fundamentais nesse sentido, mas apoiadores de Bap também estranharam a decisão. O grupo de atletas, que voltou ao Ninho na quarta, não ficou satisfeito com a mudança total de ambiente, e pessoas mais experientes entenderam que era preciso dar um passo atrás no movimento radical que foi feito.
Integrantes da nova gestão dizem que não existia restrição com relação aos retornos e nem substitutos resolvidos. Ou seja, o processo ainda seria ajustado e não era definitivo, mesmo que o RH já tivesse iniciado a demissão de todos.
Mas as mudanças, a princípio, não acabaram, e outros nomes ainda podem sair. Há uma parte dos funcionários dedicados ao time que está na Copinha. Um deles, inclusive, chegou a receber a ligação do RH e comunicou que estava na competição. A expectativa que ronda o CT é que alguns também sejam demitidos no retorno.
O futebol também se divide em dois por conta da pré-temporada e do Carioca. Quando a situação for unificada, a tendência é de mais saídas. Quando chegou ao Flamengo, José Boto identificou um número muito elevado de pessoas ligadas ao profissional e à base. Uma mudança era esperada, talvez não tão drástica. O português não participou das definições do departamento médico, por exemplo.
A FlaTV também tem situação indefinida. Essa área era gerida por duas produtoras, uma de ao vivo e outra de material gravado. Apenas uma delas aceitou renovar o contrato por mais três meses para não correr o risco de tirar o canal do ar, já que o Flamengo tem entregas comerciais e compromissos a serem cumpridos através da plataforma. A gestão entendia que não haveria tempo hábil para mudar tudo sem prejudicar essas demandas. Mesmo assim, ainda há incerteza sobre o que será no futuro. O único anúncio foi Cristiano Fonseca para ser gerente do projeto.
Fato é que para muitos o sentimento é de insegurança no dia a dia, especialmente para quem ficou no Ninho do Urubu. Para algumas pessoas, a sensação foi de quase uma caça às bruxas nos primeiros dias da nova gestão. Nos casos do departamento médico, por exemplo, foi dada carta branca à José Luiz Runco para promover as alterações, que nem eram consenso entre os envolvidos.
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