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Vasco inicia 'Era Diniz' de olho em problemas no time e urgências na crise

Time do Vasco reunido antes do duelo com o Avaí, pela Série B do Campeonato Brasileiro - Rafael Ribeiro / Vasco
Time do Vasco reunido antes do duelo com o Avaí, pela Série B do Campeonato Brasileiro Imagem: Rafael Ribeiro / Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

12/09/2021 04h00

O Vasco inicia a "Era Fernando Diniz" em meio a uma enorme crise e com necessidades urgentes para mudar o panorama na Série B. O treinador, que chegou ao Rio de Janeiro ontem (11) faz hoje o primeiro trabalho junto ao elenco já de olho no duelo com o CRB, quinta-feira, que ganhou ares de decisão.

Após a derrota para o Avaí, no último dia 6, diretoria e comissão técnica apostavam neste período de treinos para tentar "ajeitar a casa" e amenizar a turbulência, mas a cúpula foi pega de surpresa com o pedido de demissão de Lisca. Assim, o período que seria de oito dias de trabalho caiu pela metade, com a mesma pressão.

Além da novidade no comando, há a expectativa de que o zagueiro Ernando e o lateral-esquerdo Riquelme terminem o processo de transição e estejam à disposição nos próximos dias, assim como o meia Sarrafiore, recuperado de covid-19. Eles foram desfalques nas últimas rodadas e podem encorpar as opções no grupo.

Além disso, o clube corre nos bastidores para regularizar dois reforços recém chegados: o atacante equatoriano Jhon Sánchez e zagueiro Walbe, que foi pedido por Lisca.

Diniz chega ao Vasco para uma situação diferente frente aos últimos anos. Precisando assumir o papel de bombeiro, terá de encontrar um denominador comum rapidamente junto aos jogadores para que os resultados positivos aconteçam.

Além de precisar resolver os problemas defensivos que incomodaram Lisca, o novo técnico também terá de buscar uma forma de fazer com que Cano consiga encerrar o jejum de gols. Principal nome do elenco, o argentino não marca há 10 partidas - a última vez foi contra o Guarani, na estreia do ex-treinador - e tenta voltar a ser efetivo como antes para ajudar o time nesta empreitada.

Os torcedores que acompanharam as últimas partidas puderam observar que o centroavante vinha atuando um pouco mais fora da área. Apesar de garantir não se sentir incomodado, ele revelou que prefere ficar mais próximo ao gol, além de ressaltar que está trabalhando para voltar a balançar as redes.

"Espero dar o melhor com esse novo treinador, como sempre fiz desde que cheguei ao Vasco. Sei que estou há dez jogos sem fazer gol, mas estou tranquilo. Confio nas minhas capacidades, estou trabalhando, sou profissional e sempre busco melhorar"', disse o camisa 14, em coletiva na última sexta-feira.

"Trabalho para fazer gols. Neste momento, isso não está acontecendo. Tivemos pouco tempo de trabalho com muitos treinadores, e isso dificulta também. Com o calendário, o treinador que chega tem dificuldade para executar as ideias. Acredito muito nos processos longos. É difícil que os jogadores se adaptem a ideias de diferentes treinadores", completou.

Lisca durou 12 jogos, entre Série B e Copa do Brasil, e teve aproveitamento de 36%. Na competição por pontos corridos, foram 10 jogos e 43,3%. O desempenho foi inferior ao do antecessor Marcelo Cabo, que teve 50% na Série B e 56% no geral, incluindo Carioca, Copa do Brasil e Brasileiro.

Diniz desembarca em São Januário tendo 15 rodadas pela frente e tentando fazer a equipe saltar na tabela rumo do objetivo de terminar a competição no G4.

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