Rodrigo Mattos

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OpiniãoEsporte

Falta de respeito e civilidade do Atlético-MG marcaram título do Flamengo

Seria mais natural falar aqui dos acertos de Filipe Luís nas escalações do Flamengo. Ou do gol de Gonzalo Plata à la Renato Gaúcho. Ou mesmo da despedida de Gabigol do escudo rubro-negro com título. Da superioridade em geral do time carioca sobre o mineiro.

Mas a final da Copa do Brasil acabou marcada pela falta de respeito e civilidade da torcida, da diretoria do Atlético-MG e da PM mineira. Típica atitude de quem não entende que no futebol perde-se e ganha-se.

Antes do jogo, a torcida do Flamengo já foi tratada que nem gado com se demonstra por meio de vários relatos e vídeos. A entrada atrasada por um sistema ineficiente seguida de empurrões da polícia e gás de pimenta.

Depois, havia um excesso de arremessos de objetos no campo durante o segundo tempo quando o jogo estava zero a zero. A partir do gol de Gonzalo Plata, o que ocorreu foi selvageria.

Bombas no campo, copos incontáveis, ameaças de invasão. Haveria gente no gramado ameaçando atletas se os seguranças não tivessem impedido. Seguranças, diga-se, que demoraram para conter os excessos.

Um repórter fotográfico foi atingido com um bomba no pé e foi levado para o hospital. Repórteres em volta do campo relataram ofensas ostensivas. O cenário era de intimidação, agressão e medo. Um ódio que beira o inexplicável.

O jogo voltou porque essa é a regra, mas nem deveria.

Poderia se dizer que foi parte da torcida do Atlético-MG como insistiam os narradores maquiando a realidade. Mas o clube fez questão de passar vergonha junto dessa fatia de sua torcida que estava longe de ser minoritária.

Com o título do Flamengo consolidado, em meio a bombas de gás de pimenta, houve uma comemoração em que a diretoria do Galo optou pela decisão infantil de botar o hino do próprio clube no meio da uma festa de outro time. Era supostamente para boicotar o rival. Tipo criança mimada.

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Na real, o Atlético-MG, da sua torcida à sua diretoria, não se limitou à derrota, decidiu buscar a vergonha.

Trata-se de um ambiente absolutamente insalubre que o futebol brasileiro tem que combater. Não é admissível esse tipo de comportamento seja lá de que torcida ou clube for. Se aceitarmos esse ódio posto como normal, o esporte em si caminha para o fim. Na real, não faz o menor sentido de existir.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

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