Com Tite, nem as vitórias alegravam torcedor do Fla. Boa sorte, Filipe Luís
Tite caiu. Já vai tarde. Seu trabalho de um ano à frente do Flamengo foi uma completa decepção. Mantido no cargo por mais tempo do que deveria, sob a enganosa justificativa de que seu time era um dos poucos a se manter vivo nas três competições, morreu em duas e estava prestes a falecer na terceira e última, a Copa do Brasil.
Será substituído, interinamente, por Filipe Luís, ex-integrante deste elenco até o ano passado e atual técnico do sub-20, onde já conquistou o título mundial da categoria. É uma tentativa válida de repetir o sucesso alcançado, em 1981, por Paulo César Carpegiani, que, em condições semelhantes, assumiu no lugar de Dino Sani e ganhou Estadual, Libertadores, Mundial e Brasileiro, em sequência.
A queda de Tite acontece por razões óbvias. Quando até as vitórias são melancólicas, sem brilho e irritam a torcida, é evidente que o tempo de mudar não poderia mais ser postergado.
Hostilizado antes mesmo de a bola rolar, na partida contra o Athletico Paranaense, Tite continuou sendo xingado depois do apito final, apesar do gol salvador de Gerson, que garantiu a vitória sobre o Athletico. Era bem claro que Tite não tinha mais condições de seguir à frente do Flamengo.
Sua entrevista coletiva, abatido e cabisbaixo, lembrou um velório, uma missa de corpo presente. O enterro deu-se hoje, pois o mau odor já começava a ser sentido na Gávea e no Ninho do Urubu. Nem o presidente Rodolfo Landim, seu último defensor, aguentou mais o futebol insípido, inodoro, inexistente. Após um ano sob seu comando, a equipe de Tite não tinha esquema bem definido, jogadas ensaiadas, defesa segura, nada.
Durante todo o tempo sob seu comando, o Flamengo não passou de um time que se limitava a toques para os lados e para trás, com os jogadores aguardando a bola chegar em suas posições pré-fixadas, e tome de chuveirinho para uma área onde geralmente havia poucos rubro-negros, em meio a inúmeros zagueiros adversários. Raras vezes dava certo. Diante do Athletico até deu. No último minuto. Na bacia das almas.
O fato é que Tite não se encontrou no Ninho do Urubu. Nem os jogadores acreditavam mais em seus métodos e suas estratégias. Prova maior de sua teimosia foi adiantar que, se continuasse à frente da equipe, na primeira partida das semifinais da Copa do Brasil o goleiro das "Copas" seria mantido: Matheus Cunha.
Uma espécie de cereja do bolo solado que ele cozinhou durante doze meses de trabalho desastroso. Uma coisa, porém, precisa ser dita: por pior que tenha sido o trabalho do professor Adenor, a verdade é que os maiores responsáveis pelo caos completo no departamento de futebol rubro-negro têm nome e sobrenome: Rodolfo Landim e Marcos Braz.
Repetem escolhas erradas (elegeram seis treinadores posicionalistas), não quiseram a volta de Jorge Jesus e dispensaram Dorival, que ganhou Libertadores e Copa do Brasil no mesmo ano.
Que Filipe Luís tenha sucesso em meio a esta zorra!
Espertalhões
É impressionante como os presidentes do Vasco, Pedrinho, e do Corinthians, Augusto Mello, não têm o menor pudor de posar como espertalhões mesquinhos, que não querem abrir mão da "vantagem" antidesportiva de enfrentar seus rivais, Atlético Mineiro e Flamengo, destroçados pela Data Fifa! Fez muito bem a CBF em evitar tal descalabro e garantir a isonomia nesta fase decisiva do torneio.
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