Trabalho de Filipe Luís desanda, e torcida já fala na volta de Jorge Jesus
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Onde foi parar aquele futebol encantador, dominante, avassalador, que lembrava até o Flamengo de Jorge Jesus?
Por que o time de Filipe Luís, antes tão elogiado, não pressiona mais a saída de bola dos adversários e, ao contrário, passou a ser pressionado por eles?
Por qual motivo o técnico continua escalando jogadores que não conseguem mais corresponder ao que já foram - e o caso mais gritante é o de Bruno Henrique, mas há outros.
Como entender que não utilize os garotos da base, campeões mundiais com ele e relegados eternamente ao banco de reservas ou nem isso? Ele não vê como Abel faz no Palmeiras?
O péssimo jogo com o Central Córdoba, na Argentina, foi uma espécie de ducha de água fria naqueles que, como eu, ainda acreditavam numa reviravolta de seu trabalho, após quase um mês de atuações bem abaixo do esperado.
O Flamengo foi covarde em Santiago del Estero. Entrou para jogar no contra-ataque diante de um time infinitamente mais fraco sob qualquer ponto de vista. Prendeu os laterais, cansou-se de ficar tocando bola na defesa e usou e abusou dos passes longos.
Deu certo durante meia hora, quando Arrascaeta abriu o placar e teve oportunidade de fazer o segundo, mas parou no goleiro Aguerre. A partir daí, só deu o pequeno time argentino. Pequeno mesmo, mas maior que o amedrontado Flamengo de Filipe Luís.
O treinador escalou mal (insistir com Léo Pereira e Bruno Henrique soa muito mais a não querer desagradá-los do que pensar no coletivo) e suas substituições foram ainda piores: tirar Pedro e voltar do intervalo com o tosco Juninho beirou o absurdo - ou a um conselho dado por José Boto, que sugeriu sua contratação, o que pioraria ainda mais a situação.
A cereja do bolo, porém, foi a última substituição, quando o Flamengo buscava o gol da vitória que lhe escapava e o técnico preferiu colocar em campo Allan ao jovem Joshua, que tem mais de 100 gols nas categorias de base e foi o autor do gol da vitória sofrida contra o Botafogo da Paraíba.
Filipe Luís se mostra perdido. Sua campanha na Libertadores é pífia e, jogando esse futebolzinho mequetrefe, mesmo que se classifique (o que já parece difícil), não vai longe na principal competição do continente.
E Jorge Jesus está na pista... Cada vez mais pedido por grande parte da torcida, que não se conforma com essa metamorfose para pior que o Flamengo vem sofrendo. Aceitaria o apóstolo a mudança para seu auxiliar? Pode ser a melhor solução para todos.
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