Juca Kfouri

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Reportagem

No Terreiro do Galo, Gallinas não têm vez

O Galo é o Galo, Galo Vingador.

O River é o time das Gallinas, o que era pejorativo, mas acabou adotado pela torcida.

E numa verdadeira briga de galos, foram os brasileiros que saíram na frente, no segundo gol marcado por Deyverson, porque o primeiro, em impedimento, aos 5 minutos, não valeu.

Aos 21, porém, valeu.

Lyanco lançou, Hulk trombou com o zagueiro Pezzella, e a bola sobrou soberana nos pés de Deyverson para abrir o placar ao se livrar com frieza do goleiro e explodir o Terreiro do Galo.

Ali ficou claro que a arbitragem não estava encomendada porque, se quisesse, poderia marcar falta de Hulk no lance como, aliás, o River reclamou bastante.

Futebol propriamente dito havia pouco, disputas viris não faltavam.

Ao contrário, parecia difícil que o jogo terminasse sem expulsões.

Riscos o Galo correu apenas um, logo depois do gol, quando Colidio arrematou com veneno rente à trave.

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Com a colaboração da mídia que adora falar que "Libertadores é diferente", de fato, o que acontecia em Belo Horizonte era diferente de um simples jogo de futebol.

A testosterona prevalecia sobre a técnica, por goleada.

Restava saber o que o segundo tempo reservaria na rinha mineira.

A vantagem mínima era pouca para levar ao Monumental de Núñez, onde se espera mais de 80 mil torcedores para o jogo da volta.

E nos 10 primeiros minutos da etapa final ficou claro que o Galo sabia e queria mais, ao rondar a meta portenha.

Descontente com o rendimento medíocre de seu time, Marcelo Gallardo fez três trocas aos 60 minutos.

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As mexidas mudaram o jogo no sentido de dar mais posse de bola aos argentinos, principalmente porque o meia Lanzini pôs o jogo embaixo do braço.

Mas durou pouco.

Porque Deyverson nasceu para jogos grandes e em combinação com Arana ele entrou nas costas da zaga pela esquerda e fez 2 a 0, aos 71, vantagem considerável para ir seguro a Buenos Aires.

E cabia mais.

Gallardo mexeu mais duas e derradeiras vezes, aos 72.

Gabriel Milito não mexia, mas o placar sim, diante de pouco menos de 45 mil torcedores, recorde do estádio.

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Porque Paulinho, meio desaparecido, tratou de fazer 3 a 0 em seguida, ao receber de Deyverson, no pivô, aos 74.

A esfuziante noite atleticana tinha um dono, chamado Deyverson, o Menino Maluquinho que endoidava a massa, dois gols, um passe para gol, fora o quanto arreliou a vida do River e até levitar, levitou.

As Gallinas pareciam perus antes da noite de Natal, grogues, pescoços na guilhotina.

O Galo cantava antes da madrugada e, aos 82, trocava Deyverson, ovacionado, por Otávio.

Milito, corretamente, se precavia para não dar sopa ao azar e evitar um gol que mudaria o moral dos adversários.

1 a 0 era pouco, 2 a 0 era bom, 3 a 0 foi demais!

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

10 comentários

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Marcelo Mussio

A arbitragem não estava encomendada ??? O lance do primeiro gol anulado do Deyverson, foi, sim, em claro impedimento mas a bola veio da mão do argentino ... ou se desfaz o impedimento ou se dá o pênalti !!!! Se aquela mão na bola não é pênalti, eu não sei mais o que é .... A arbitragem ia sim encomendar a final para o River Plate ... só que há limites ... e chegou num ponto que não dava para ir contra os Deuses do futebol ... Se na terra a Conmebol encomendou uma final com o RIVER PLATE no Monumental de Nunes em Buenos Aires, nos céus os Deuses tomaram sua decisão que a final será novamente brasileira e alvinegra !!!!

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Sergio Roberto dos Santos

Essa foi boa Juca.... Parabéns pelo resumo, exatamente isso....

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Cicero Batista de Paiva Neto

Bateu em um frango d'água.  Aqui se joga um negócio parecido com futebol.  Até o Hulk é chamado d craque pela imprensa brasileira.  Olha o nível em q chegamos.

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