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OpiniãoEsporte

Cruzeiro se credencia à disputa do título brasileiro jogando muita bola

Está claro que o Cruzeiro resolveu o maior problema que tinha dentro do seu elenco. Esse problema tem um nome: Dudu.

O time do Leonardo Jardim chegou ao topo da tabela jogando muito bem. É um time dinâmico, com toques rápidos, mas o ponto forte dessa equipe é o coletivo.

É um time muito bem treinado e, com seus principais jogadores em grande fase, como o goleiro Cássio, que voltou a ter confiança, está em forma e, com isso, faz defesas incríveis, como sempre fez, passando uma segurança enorme para o time.

Outro que recuperou seu ótimo futebol e também sua tranquilidade é o camisa 10, Matheus Pereira, que voltou a ser decisivo, criativo e líder técnico dessa equipe, marcando dois gols na Ilha do Retiro.

E lá na frente, o camisa 9, Kaio Jorge, marca em todas as rodadas do Brasileiro, se movimenta por todos os espaços do ataque, atravessando uma fase técnica espetacular, saindo para buscar a bola e arriscando jogadas que só um jogador confiante faz.

Citei três jogadores como referência, mas em torno desses caras o time acompanha a ótima fase deles, cada um em sua posição cumprindo muito bem a função definida pelo Jardim.

O time marca pressão, dificultando a saída de bola adversária, forçando o erro e pronto para roubar a bola e continuar pressionando em busca do gol.

Nessa rodada, o Cruzeiro foi até Recife enfrentar o lanterna Sport e, em 18 minutos, já estava com o jogo nas mãos, vencendo por 2 a 0. Nos acréscimos do primeiro tempo, Matheus Pereira marcou o terceiro, matando a partida.

Repetiu a dose no segundo tempo de uma forma mais rápida, porque em apenas 8 minutos já estava 4 a 0.

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Isso deixa claro que Leonardo Jardim trabalha seu time para ser mais agressivo no início dos tempos, o que é uma estratégia muito inteligente, pois normalmente os times demoram um pouco para se estabilizar.

Nesse período, o Cruzeiro pega o adversário sem ainda estar totalmente focado no jogo, surpreendendo com sua intensidade inicial.

Outro detalhe muito importante é que Gabriel Barbosa está no banco, respeitando a escolha do treinador, sem criar incompatibilidades, e quando entra, faz isso com vontade.

Ter feito o gol da vitória contra o Flamengo deu muito mais força moral a ele e ao grupo.

Claro que o trauma deixado por um jogador egoísta, mimado e narcisista como o Dudu atrapalha a confiança em outro jogador com o mesmo histórico.

Mas Gabriel conquistou a confiança do treinador, do grupo e, principalmente, da torcida cruzeirense.

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Contra o Sport, ele entrou quando o time já vencia por 4 a 0, mas nem por isso estava sem vontade ou disperso. Muito pelo contrário, entrou com muita vontade de jogar e fazer gols.

O Cruzeiro se junta aos primeiros, jogando muita bola e levantando o braço dizendo: "Eu também quero ser campeão".

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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