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OpiniãoEsporte

Gabriel decide, como sempre fez, mas dessa vez contra o Flamengo

Impressionante como o Dudu estava fazendo mal ao time do Cruzeiro, ao ambiente e provavelmente ao Gabriel.

O ex-flamenguista não foi titular, ficou assistindo à maior parte do jogo do banco de reservas, ansioso, louco para entrar e decidir esse jogo.

Era o primeiro encontro de Gabriel com a camisa do Cruzeiro contra seu ex-clube, onde cansou de ser artilheiro, campeão e de fazer gols decisivos.

Mas na tarde de ontem no Mineirão, seu desejo era marcar o gol da vitória e vencer, e mostrar para todos que ele ainda estava ali.

Me fez lembrar de uma situação idêntica que passei em 1984 quando fui para o São Paulo.

Não fui em definitivo, só por empréstimo, mas estava louco para jogar. Quando chegou a semana do confronto contra o Corinthians, o treinador Cilinho resolveu me colocar no banco, mesmo jogando bem.

Ninguém entendeu nada, mas assim foi. Fiquei no banco irritado, mas olhando com muita atenção para o jogo porque sabia que iria entrar em qualquer situação.

O jogo estava igual, com um empate por 0 a 0, e a torcida do São Paulo fez como a do Cruzeiro no Mineirão.

A torcida cruzeirense gritou "Gabriel", mas em 1984, no Morumbi, a torcida são-paulina gritou "Casão".

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Enfim, entrei na metade do segundo tempo como o Gabriel.

A diferença nessa história é que eu fiz uma tabela maravilhosa com o Pita desde o meio de campo, quando ele chutou e o goleiro Carlos rebateu, e o Careca fez de cabeça. Mas por muitos anos, quando cruzava um torcedor tricolor, ele me falava: "Casão, seu gol contra o Corinthians foi incrível".

São Paulo 1 a 0 Corinthians, gol do Careca, mas levei o crédito por anos.

Mas nesse domingo no Mineirão, a história foi mais completa, emocionante e sinistra porque estava 1 a 1 quando nos acréscimos do segundo tempo (90+7), o árbitro marcou um pênalti para o Cruzeiro.

Gabriel, sendo um dos melhores batedores do país, pegou a bola com personalidade, mas sem dúvida nervoso por ser contra seu ex-time.

Bateu, o goleiro Rossi defendeu, mas no rebote ele concluiu e decidiu um grande jogo, como cansou de fazer com a camisa rubro-negra.

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Cruzeiro 2 a 1 Flamengo, com um grande gol do ex-Gabriel.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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