Um PSG forte coletivamente chega à final da Champions
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A estratégia de formar um time cheio de estrelas para chamar a atenção do mundo, achando que com Messi, Mbappé e Neymar ganharia a Champions com os pés nas costas, se mostrou uma grandíssima roubada.
Principalmente com a chegada de Neymar e Mbappé, o time se tornou egoísta e individualista, vivendo uma disputa de vaidade que nada ajudou o clube na prática.
Achei que o PSG demoraria muito mais para se recuperar moralmente e mudar de trajetória, ou seja, formar uma equipe de jogadores dispostos a vencer e que se entreguem para o time.
Nesta Champions, é gostoso assistir ao time comandado por Luís Henrique, porque é de verdade uma equipe onde todos correm e ajudam, com um pensamento coletivo de conquista.
Outra coisa, não há mais incompatibilidade nos bastidores. Não tem mais problemas extra-campo, nem brigas para bater um pênalti ou uma falta. O técnico Luís Henrique deve estar aliviado e muito agradecido ao dono do PSG por não ter mais nem Neymar e nem Mbappé para atrapalharem o ambiente de seu grupo.
A torcida se comporta de maneira diferente, porque se identifica com esse PSG e deve estar aliviada ao ir ao Parque dos Príncipes com a certeza de que verá um time que luta e que pode, pela primeira vez de verdade, chegar ao título tão sonhado.
Porque na única final que chegou, em 2020, foi a Champions da covid, jogada em uma bolha em Lisboa, com jogos únicos, sem ida e volta. Essa situação deu mais chances para equipes menos credenciadas como o PSG e ainda pegou na final um fortíssimo Bayern de Munique.
Mas agora é tudo diferente, as equipes são mais iguais. Tanto a Internazionale quanto o PSG são equipes muito bem treinadas, super competitivas, intensas e baseadas em um forte jogo coletivo.
Sem contar que a torcida do PSG terá, pela primeira vez, a experiência de estar no estádio com seu time disputando a final da Champions, porque em 2020 foi um jogo sem público.
Não vejo um favorito nessa final, porque tudo é muito igual. Se a Inter é muito forte fisicamente na marcação, com Lautaro Martínez e Thuram, que têm muita movimentação e agressividade, o PSG é um time mais leve, com um contra-ataque mortal, contando com dois jogadores que podem desequilibrar uma partida a qualquer momento: Dembélé e Kvaratskhelia.
Dois jogadores que são dribladores, rápidos e que finalizam muito bem, além de ajudarem na recomposição.
Sem dúvida, será uma final muito disputada, brigada e com uma intensidade alucinante, porque o futebol europeu é assim, e tanto a Internazionale quanto o PSG usam muito bem essa força.
Além de tudo isso, acredito que a final da Champions League terá uma grande influência na escolha da Bola de Ouro na temporada 2024/25.
Com o Barcelona fora, os favoritos são Ousmane Dembélé, Lautaro Martínez e Khvicha Kvaratskhelia, que eram os concorrentes do Raphinha.
No dia 31 de maio, em Munique, teremos mais um espetáculo nessa final da Champions.
E gosto muito dessa turma da transmissão do canal TNT, com meu amigo André Henning narrando. É uma ótima combinação de comentaristas, com o excelente jornalista Victor Sérgio Rodriguez e um ex-jogador com muita história nesta competição, como o Rafinha.
Tivemos informação e opinião jornalística, com as reportagens da Clara Albuquerque e Fred Caldeira, assim como comentários práticos de quem esteve lá dentro, jogando e vencendo a Champions League.
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