Uma aula rápida sobre quem é o gigantesco craque chamado Rivaldo

Rivaldo é pernambucano, nasceu no Recife, cresceu em Paulista-PE e tinha o sonho de ser craque compartilhado com seu pai.
Quando chegou aos 16 anos, o pai morreu atropelado por um ônibus. Podia ter dado tudo errado, porque sua família precisava de algum dinheiro e ele talvez tivesse de abandonar o desejo.
Em 1989, perto dos 17, assinou seu primeiro contrato com o Santa Cruz. Jogou a Copa São Paulo pelo Santa e transferiu-se para o pequeno Mogi Mirim, para a disputa do Campeonato Paulista.
Corria o risco do anonimato numa equipe modesta, que jogava no grupo B, só com rivais modestos. Tinha de ir bem, para se classificar para a fase final, quando enfrentaria Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos.
Brilhou!
Perguntavam quem era melhor naquele Mogi Mirim: Válber, Leto ou Rivaldo?
Por óbvia que seja a resposta, o Corinthians contratou Válber e o lateral Admílson e levou para o Parque São Jorge, por empréstimo, Leto e Rivaldo.
Num Flamengo x Corinthians, no Maracanã, foi escalado como marcador de Casagrande, na época rubro-negro. Mesmo fora de posição, foi convocado para a seleção brasileira e estreou fazendo o gol, da vitória contra o México, em 1993.
No ano seguinte, o técnico Carlos Alberto Silva colocou-o no banco de reservas corintiano.
O Palmeiras acreditou e comprou-o por US$ 2,6 milhões, o maior valor já pago a qualquer jogador no mercado brasileiro, naquela época.
Ganhou o Brasileiro de 1994 e, como nada era fácil, não foi contratado diretamente pelo Barcelona, mas pelo Deportivo La Coruña. Marcou 21 gols e o Barça decidiu levá-lo para a Catalunha.
Foi bicampeão espanhol, eleito melhor jogador do mundo quando estava no Barça. Seu técnico, Louis Van Gaal, queria prendê-lo perto da linha lateral, como ponta-esquerda, dando amplitude ao campo. Apesar disso, foi o grande craque do futebol espanhol nas temporadas 1997/98 e 1998/99, o que o levou a receber duas premiações conjuntas, o Balon D'Or da France Football e FIFA World Player of the Year.
Foi o primeiro jogador depois de Zico, Rivelino e Pelé a vestir a camisa 10 da seleção brasileira por duas Copas consecutivas, privilégio que Ronaldinho Gaúcho, com toda a sua genialidade, não teve. Na Copa de 2002, Ronaldinho era 11. O número sagrado de Pelé era usado por Rivaldo.
Não é preciso fazer comparações.
Algumas delas, quando feitas sem embasamento, apenas demonstram falta de conhecimento.
Rivaldo é um dos deuses da história do futebol do Brasil.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.