Memphis tinha mesmo de decidir contra o Sport
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Memphis é uma estrela.
Às vezes, entre nuvens, mas uma estrela.
Ao dizer que a mídia riu de sua afirmação sobre abrir o clássico contra o Palmeiras com um chutão e comparar a jogada com o empate aos dez segundos do segundo tempo contra o Sport, quer colocar uma venda sobre nossos olhos?
Não é obrigatório ter a posse de bola no tiro inicial.
Mas abrir com chutão para a lateral é bem diferente de tocar para trás e chegar ao gol com lançamento longo.
Dia de falar o que quer por ter sido o homem da partida, autor de dois gols em virada fundamental para o Corinthians sair da parte baixa da tabela.
No outro dia, contra o Fluminense, não precisava falar publicamente tudo o aue falou contra seu, agora, ex-treinador. Ramón Díaz nunca foi o nome ideal para o Corinthians, nem quando chegou, nem quando saiu.
Só merecia mais respeito, não ser tratado como alguém que não estuda e não prepara sua equipe, apenas 21 dias após ajudar o Corinthians a ser campeão e terminar com seca de seis anos sem troféus, a mais longa sequência desde o gol de Basílio, em 1977.
A torcida e parte de nós, imprensa, nos encantarmos por declarações assim e demissões com pagamentos de multas só atesta a razão de estarmos tão mal, ética, moral, técnica e taticamente.
Hoje, Memphis fala e a direção corintiana atende. Em que idioma, mesmo? "Ele já fala o português da quebrada", brinca um interlocutor.
O Corinthians dispensa Ramón Díaz, pensa em Dorival Júnior e pode ter Luís Castro, porque uma corrente defende treinador estrangeiro. "Mas Ramón é estrangeiro", observo. "Não o suficiente."
A réplica é a melhor parte. Memphis é estrangeiro, suficientemente holandês. Ele pode tudo, até comparar um chute errado pela linha lateral com uma jogada que resultou em gol após onze segundos.
Só tinha mesmo obrigação de decidir contra o Sport, depois das declarações que ajudaram a empurrar Ramón Díaz para fora do Parque São Jorge.
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