Cuca e Diniz encaram seus monstros
Cuca desistiu do Furacão no meio da campanha e mesmo com o time na 5º colocação do campeonato. Diniz foi desistido do Fluminense mesmo depois de conquistar o tão sonhado título continental. Cuca cansou - mais uma vez. Diniz viu o time que montou brilhantemente derreter da noite para o dia - mais uma vez.
Ambos podem alegar que não estavam sendo bem tratados pela torcida a despeito de tudo o que fizeram (Cuca, de colocar o Athletico na posição em que está; Diniz de dar a Libertadores ao Fluminense). Machuca, verdade. Queremos reconhecimento e respeito por trabalhos bem feitos. Mas o futebol é campo de paixões concentradas que na vida a gente tende a diluir. Não há acúmulo de devoção. Nem a torcida do São Paulo poupou Ceni de críticas e pedidos de demissão quando ele não fez o time vencer como treinador.
Cuca talvez tenha que buscar compreender porque rompe a corda com tanta facilidade; Diniz precisa investigar o que acontece para construir elencos bons, que jogam um futebol moderno e inovador e, de repente, perde o comando.
Os dois são os melhores treinadores dessa geração. Poderiam estar brigando na ponta, um contra o outro, mas estão encarando seus monstros e traumas. São bastante jovens para reencontrar o caminho, verdade.
Em um passado nem tão recente foram acusados de montar times que jogavam bem e não ganhavam nada. Superaram essas acusações com títulos. Agora, mais do que taças, talvez precisem de uma viagem para dentro de si mesmos em busca de auto-conhecimento. Só desse modo conseguimos parar de repetir velhos padrões.
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