Como CBF poderia evitar mais um juiz com a cabeça a prêmio no Brasileirão
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Já conhecido como moedor de técnicos pela falta de planejamento e pela necessidade de respostas instantâneas, o Brasileirão também pode ser chamado de moedor de árbitros. A rodada de número seis ainda está começando e já temos mais um árbitro com a cabeça na marca de pênalti: Matheus Candançan.
Ele não viu se a bola entrou ou não naquele que seria o gol da vitória do Fortaleza por 1 a 0 em cima do Sport na Ilha do Retiro. Todas as câmeras indicam que, sim, o gol deveria ter sido validado. Mas o árbitro paulista ficou em dúvida. Dá para duvidar que mais uma cabeça será colocada a prêmio como satisfação? Como se isso fosse resolver o problema?
A questão é que essa dúvida nem deveria existir. Em um campeonato organizado por uma instituição que se orgulha tanto de expor seu balanço bilionário, ter a tecnologia do chip na bola era uma obrigação! Isso para não falar no impedimento semiautomático, que até a Federação Paulista já conseguiu implantar nas suas finais e o Brasileirão...
Afinal, o que vale mais? Pagar mais de 200 mil por mês de salários para os presidentes de federações ou colocar uma tecnologia que garante lisura na sua competição? Bancar viagens de primeira classe para dirigentes ou ter uma tecnologia que não deixa dúvidas para seus torcedores?
Classificação e jogos
O que adianta divulgar que teve lucro de quase R$ 1,2 bilhão em 2023 e não investir isso no seu próprio campeonato? Para onde vai esse dinheiro além de garantir os benefícios políticos para quem apoia essa gestão?
É verdade que a CBF perdeu patrocinadores e que seu lucro para 2025 pode diminuir. GOL Linhas Aéreas, Mastercard, Pague Menos e TCL Semp já deixaram de apoiar a entidade. Será que Ednaldo Rodrigues não percebe que tudo isso acaba sendo reflexo de sua gestão que não pensa em como melhorar o próprio campeonato e a sua seleção, que parece à deriva?
Ednaldo precisa parar de pensar em questões políticas, precisa parar de tentar bancar seus aliados e garantir os luxos para os que estão ao seu lado. Pegue todo esse dinheiro e invista no que é importante: treinamento para arbitragem, tecnologia para o campeonato, garantia de melhores gramados e tantas coisas que discutimos diariamente no Brasil.
E não adianta colocar árbitros em concentração na semana seguinte a cortar duas cabeças como se isso fosse resolver. Não vai. As duas últimas rodadas já mostraram que essa medida não serve para nada além de tentar enganar o torcedor mais ingênuo.
6 comentários
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Eduardo Lima de Moraes
A CBF é a entidade máxima do futebol brasileiro. Mas ela odeia futebol. Não faz nada para evoluir. Uma vergonha completa.
Francisco Xavier M F Lima
Os dicionários mais modernos já descrevem o verbete "polêmico" assim: 1. Termo que se refere a um assunto ou questão que provoca controvérsia, debate ou discussão; 2. lance roubado pelo árbitro em jogo de futebol.
Edson Lemos
Excelente opinião! Parabéns! A arbitragem é péssima, mas, a culpa pela desvalorização do produto "campeonato" é da CBF, personalizada pelos seus dirigentes que só demonstram pensar no dinheiro e nas suas regalias.