Danilo Lavieri

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OpiniãoEsporte

Palmeiras tem sucesso em sair sem escoriação do estádio mais hostil do país

O Palmeiras jogou o suficiente para vencer o Ceará por 1 a 0 e sair em vantagem no mata-mata da terceira fase da Copa do Brasil mesmo jogando fora de casa, derrubando uma invencibilidade dos mandantes que durava desde agosto do ano passado. Eram 25 jogos sem perder.

É mais uma vitória na incrível sequência que já tinha um triunfo jogando na capital cearense contra o Fortaleza, outro em Porto Alegre, contra o Internacional, e contra o Bolívar, no alto da montanha. Ao todo, são 17 jogos sem perder como visitante, com 14 vitórias e três empates.

Com um gol de bola parada, o time de Abel Ferreira claramente optou por diminuir o ritmo e correr poucos riscos. A estratégia era deixar o Castelão, estádio que a comissão considera o mais hostil do país, com qualquer tipo de vantagem. A percepção é que mais difícil do que lá apenas a altitude de La Paz.

O time foi jogar nessa mesma arena recentemente para enfrentar o Fortaleza e reclamou bastante das condições do gramado, que proporcionou as lesões de Micael e Vitor Roque. Além disso, Abel sempre destaca que o clima causa alto desgaste no já desgastante calendário brasileiro.

Até por isso, os principais destaques da equipe foram defensivos: Vanderlan ajudou muito na marcação, Fuchs e Gustavo Gómez fizeram partida muito segura, Emi Martínez deu vigor físico ao meio-campo, que ainda teve Evangelista sendo o controlador do ritmo de jogo. Facundo e Felipe Anderson também fizeram um grande papel defensivo. Foram quase 40 faltas e um jogo absolutamente picado.

Com o 1 a 0 no placar, Abel fez mudanças para rodar o time e claramente instruiu os seus atletas a trocarem passes. Saíram Vitor Roque, Estêvão e Facundo Torres para as entradas de Paulinho, Maurício e Piquerez. Com exceção do primeiro lance, quando Paulinho finalizou, em todas as outras o time ficou trocando passes sem muita pressa.

Do outro lado, o Ceará ofereceu poucos riscos ao Palmeiras. Os donos da casa perderam um gol claro no primeiro tempo e, depois, pressionou sem muita efetividade, sempre parando na zaga do Palmeiras. Pedro Raul pouco conseguiu fazer e Pedro Henrique só reclamou.

Chamou a atenção, aliás, como o time do Ceará reclamou o tempo inteiro da arbitragem e a todo momento que pôde fez cera e simulou lesões em faltas normais de jogo, claramente jogando a arquibancada contra o trio de arbitragem. A pressão não surtiu efeito.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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