Danilo Lavieri

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OpiniãoEsporte

Brasil dá passeio histórico na Espanha e mostra que Marta pode ser reserva

Marta é extraclasse, é diferenciada, é a melhor de todos os tempos, é a camisa 10, é a Rainha... Faltam adjetivos para descrever a qualidade que ela tem e a maravilhosa assistência dela na vitória contra a Nigéria deixa claro que ela ainda tem o que agregar para a equipe. Mas a histórica vitória por 4 a 2 em cima da Espanha hoje (6) mostra que há vida sem ela.

Mais do que isso: o time fez a sua melhor atuação sem a presença da grande referência em campo. Era difícil imaginar, ainda mais contra as atuais campeãs do mundo, mas a verdade é que o time fluiu de uma maneira quase perfeita. Quase por que, por incrível que pareça, o placar poderia ter sido maior se o time aproveitasse as chances criadas e as oportunidades cedidas pelas espanholas.

É verdade que a Espanha esteve muito abaixo da sua melhor forma, com direito a Alexia Putellas, que já foi a melhor do mundo, no banco de reservas. Mas não dá para não notar como o Brasil jogou de maneira organizada no aspecto tático e com uma motivação que ainda não tinha sido vista em Paris.

Também é verdade que contra os Estados Unidos na final o desafio será outro e é bem improvável imaginar que elas vão ceder um gol logo no começo do jogo como foi hoje. Mas Artur Elias, que tem a característica de mudar o time de acordo com os obstáculos que tem pela frente, ganhou um grande alento sem poder contar com sua referência em campo.

Vale lembrar que o Brasil ainda passou também pela França sem poder usar Marta e, quando teve a melhor da história, sofreu muito contra a Espanha depois do erro dela em campo ao ser expulsa por uma voadora, ainda que sem intenção.

E nada disso vai diminuir a importância de Marta para a história da categoria. Pelo contrário: não haverá forma mais bonita de Marta se despedir do Brasil sendo ouro olímpico com ela passando a coroa para as campeãs da próxima geração.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

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19 comentários

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Domingos Spinelli

Marta não é extraclasse e diferenciada, ela FOI. Não é mais, o tempo passa para todos nós e passou para ela. Não tem mais a condição física para disputar partidas em alto desempenho, ainda mais sendo uma final olímpica. Maior respeito do mundo por tudo o que ela fez, mas o melhor lugar pra ela na final é no banco. Se o jogo estiver definido pra um ou outro lado no finalzinho, coloca ela em campo como uma homenagem.

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Ramiro Chigueyochi Matsunaga

Tomara que a Marta tenha a grandeza de reconhecer que o time joga melhor sem ela. Cada jogadora dá o máximo em campo e se supera sem ela, mas com ela, o time fica com uma a menos, tanto nos ataques rápidos, como na recomposição da defesa e como nos contra-ataques. E fica todo mundo achando que ela vá resolver e fica todo mundo esperando isso, em vão.

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Maria das Graças

Aquela voadora nos valeu uma medalha. Marta só se for modalidade de luta, no futebol não dá mais e já faz tempo! 

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