Por que nem goleada deve gerar empolgação com a seleção brasileira
Lá vem a sommelier de vitória.
Não ganhou? Está ruim. Ganhou. Não fez mais que a obrigação. Goleou? Não é suficiente.
Insuportável, eu sei. Mas talvez igualmente realista.
O Brasil penou para vencer o penúltimo colocado das Eliminatórias e goleou, em casa, o último. Conquistou os seis pontos que precisava para se tranquilizar em relação à vaga para a Copa, sem apresentar um futebol que apazigue os corações em relação ao desempenho no Mundial.
Classificação e jogos
Deu, ainda, o azar de dividir palco com duas goleadas mais impressionantes que a sua. Primeiro, os 4 a 0 da Colômbia sobre o Chile — aquele de quem a nossa seleção só arrancou a vitória aos 44 do segundo tempo. Depois, o mais absoluto show de Lionel Messi no amasso da Argentina sobre a Bolívia: 6 a 0, com hat-trick e duas assistências de La Pulga. Dava tristeza precisar voltar à partida da seleção, depois de mudar de canal para testemunhar a arte de Leo.
O primeiro tempo de ontem contra o Peru, no Mané Garrincha, mal ia garantindo uma vitória sobre a pior equipe das Eliminatórias. Precisamos de um pênalti para destravar o placar contra um adversário que não fazia questão de atacar, ainda que pela formação de Dorival parecesse haver uma grande força de contragolpes a ser parada (por que segurar tanto o Vanderson, minha deusa). De novo, ficamos presos atrás, sem criatividade no meio, com poucas bolas de perigo chegando aos nossos homens de frente.
Aí veio mais um pênalti (questionável) e só então o jogo fluiu. Quando já estava resolvido, e quando Luiz Henrique entrou em campo.
Sim, o 4 a 0 garantiu a Dorival um respiro até a próxima Data Fifa, em novembro, quando enfrentaremos a Venezuela fora e o Uruguai, em Salvador. Sim, há alguma esperança de melhora.
E não, não basta. Não basta para fazer frente a Argentina, Espanha, França e companhia. Ou às Croácias da vida. Não basta para se entender favorito a uma Copa do Mundo.
8 comentários
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Cláudio Henrique Antonio Joaquim dos Santos
A moral da seleção está indo para o ralo mesmo. Antes só jogador ou ex jogador avaliava o jogo, hoje até a coluna de fofoca de uma odiadora profissional (sim, essa senhora só destila ódio seja em quem dor e no assunto que for) faz análise tática da 'canarinho'. Não estou defendendo essa campanha medíocre, apesar de acreditar que o Dorival ainda pode mudar algumas coisas na seleção, mas isso é triste. Sim, devia usar o 'controle remoto' e passar batido por essa matéria, no entanto a curiosidade foi mais forte e registro aqui a minha tristeza.
Mauricio Nunes da Silva
Seleção tá mais sem graça q dançar com irmã isso há mais de 20 anos .. Ninguém liga pra esses caras
Andre Gibrail
Selecinha é fruto de uma CBF politizada e sem gestão. Não assisto mais a seleção desde a copa do mundo. Se voltar, só será na copa.