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Rodrigo Hübner Mendes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Agenda 227: a criança em primeiro lugar

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Imagem: iStock

22/04/2022 06h00

"Plantaremos mais árvores se colocarmos a vida das crianças, seu presente e seu futuro, em primeiro lugar. Teremos mais calçadas acessíveis a todas as pessoas quando consideramos que esse caminho tem que estar acessível às crianças. As escolas serão de qualidade e teremos segurança alimentar para as famílias quando entendermos que o desenvolvimento integral da criança é prioridade absoluta". Essas foram as palavras de minha amiga Ana Lúcia Villela, presidente do Instituto Alana, em seu impactante discurso na abertura de um jantar que antecipava o lançamento do projeto Agenda 227.

Trata-se de uma articulação de muitas organizações da sociedade civil com o objetivo de influenciar os candidatos à presidência do Brasil, de maneira que considerem as pautas da infância e juventude em seus programas de governo. O nome da iniciativa faz referência ao artigo 227 da Constituição Federal, que versa sobre o amplo conjunto de direitos que devem assegurados às crianças e adolescentes, com absoluta prioridade.

A intenção é situar esse público — independentemente de classe social, local de moradia, raça, gênero, orientação sexual ou deficiência — como foco estratégico do debate político nacional. Em termos práticos, o projeto visa apresentar aos partidos políticos e suas candidaturas um robusto conjunto de propostas — embasadas em estudos e evidências — que subsidiem a construção de políticas públicas capazes de promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável ao nosso país.

Diante de um período marcado por tantas perdas e tão pouco diálogo, a Agenda 227 surge como mais uma manifestação da sociedade brasileira que pede respostas concretas, por parte de nossos representantes, às contumazes carências que impactam diretamente o presente e o futuro das novas gerações. O presente e o futuro daqueles que precisam ser vistos como nossa prioridade absoluta.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL